Entrava num casebre onde trabalhava. Lá estavam velhos, crianças, adultos. Todos pareciam ter problemas psiquiátricos e eram muito pobres. Depois eu entrava com uma mulher, uma amiga, que levava para apresentar a casa convidando-a para trabalhar comigo. Assim que entrou ela me disse: "Esta sala está vazia, não tem ninguém". Mas eu via todas as pessoas. De repente, como num flash, eu via pelos olhos dela e constatava que realmente não havia corpo algum. Então me tocava que estava trabalhando com espíritos. O mais velho pegava uma espécie de abajour sem cúpula, apenas com a lâmpada, e dizia: "Olha o que eu já posso fazer!" e se metamorfoseava na lâmpada e numa luz amarela. O estranho abajour passava pela mão de todos. Pablo chegava. Dizia que tinha ido trabalhar lá comigo. Ele fazia teatro de fantoches para os pacientes daquele lugar. Eu tirava ele de lá, queria ficar só com ele. Eu tirava ele de lá, queria ficar só com ele.
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