terça-feira, 22 de dezembro de 2009

sonhado no Rio de Janeiro (dezembro, 2009)

Uma mulher e um homem na piscina do antigo prédio do meu pai.
A mulher vestia trapos. Havia uma alternância: as vezes eu era a mulher, outras apenas a observava, mas o tempo todo podia sentir o que ela sentia.
Ela se transformava em bichos: cavalo, onça, urso, cachorro.
Era sábia, parecia jovem, mas era velha, meio selvagem e forte mas também era inocente, como os bichos.
Ele achava que mandava nela. Ela deixava ele acreditar que sim, mas pouco se importava com ele.
Ela queria fazer sexo e subia em cima das coisas.
Ela olhava para o chão, uma terra de lodo.
Coisas nasciam da terra: sementes, espinhos, pequenos caules de plantas, pêlos.
Olhava para a palma de sua mão e, simultaneamente, tudo o que nascia na terra também brotava de sua mão.
Nesse momento eu era ela.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

sonhado no Rio de Janeiro, 2005


O diabo me persegue num prédio de hospital público.
Correndo, chegamos na porta do elevador. Ele vai me matar.
Na porta do elevador está uma mulher alta, loira, vestida com uma roupa toda colada
de estampa de cobra, bota preta de couro e salto alto.
Ela me coloca atrás dela, me protege.
Imediatamente ela se transforma numa serpente do tamanho de uma mulher. Espanta, com sua boca enorme, o diabo.
A serpente se transforma em mulher de novo.

sonhado no Rio de Janeiro, 2009

Um sonho tenebroso. Hospital sombrio e duro como os hospitais, mas ainda mais sombrio e funesto. Os pacientes eram conduzidos em macas primitivas até uma rampa tipo garagem de edifício ou shopping. Depois, eram atirados lá embaixo. Eu, perdido naquela morbidez, observava. Quando desci a tal rampa, levei um choque: corpos despedaçados, pernas sangrentas, troncos, braços.
A morte, no ar misturada, pairava.
Em meio ao caos de corpos, uma referência viva, real e bela: Isabel.
Corri para abraçá-la, e quando a abracei, ela se transformou numa enorme serpente negra. Enorme, com as dimensões de uma mulher. Menos comprida que larga. Soltei-a no mesmo instante, e ela voltou a ser Isabel. Compreendi então (talvez ela tenha dito, não lembro) que devia decepar a cabeça da serpente para que Isabel se livrasse dessa “maldição”.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

sonhado no Rio de Janeiro, 2009


furacão dna se aproxima
verde, azul, laranja
o grande pela porta
o pequeno pela janela
estranhos fotografam o furacão ao fundo

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

sonhado no Rio de Janeiro (abril, 2009)

Sonhei que tinha brigado com minha mulher e estava sem ela num show ordinário de praça pública com um punhado de amigos. De repente um gordinho chega pra mim e pergunta “você é daqui?”

E eu respondo “sou, porque?”

“Eu queria saber se aqui tá tranquilo.”

“Como? O ambiente? O show? As pessoas? A rapaziada?”

“É. Se tá tranquilo. Achei que tinha uns caras brigões, esquisitos.”

Subo num degrau de uma arquibancadinha lateral ao palco, olho pros meus amigos, olho envolta, vejo a platéia já meio dispersa, pouca gente, olho pro palco, intervalo, olho novamente pros meus amigos, constato que eles são pelo menos uns 5 caras, não vejo nada anormal em volta, viro pro gordinho e falo “tá tranquilo.”

Ele me agradece, vira pro lado, abaixa a cabeça e começa a passar mal. Põe a mão na barriga, se curva e faz que vai vomitar. Um cara alto pra caralho, de rabo de cavalo, que estava o tempo inteiro próximo à gente, num lance fulminante de tão rápido, agarra o gordinho, suspende ele há mais de 2 metros. No primeiro momento achei, no golpe de vista, que tudo era pra evitar que o gordinho vomitasse em algo valioso, tipo um quadro que estava apoiado no sopé da arquibancadinha ou algo assim. Porra nenhuma. O altão arremessa o gordinho com a maior brutalidade de cara no chão. Arrebenta ele, seus dentes, sua coluna, tudo de uma só vez, no momento em que ele estava mais vulnerável, se preparando pra vomitar, depois de ter confirmado comigo que estava tudo tranquilo. Acordo do sonho.

sábado, 31 de outubro de 2009

sonhado no Rio de Janeiro (outubro, 2009)

Caminho pela biblioteca municipal onde eu passava as tardes lendo romances quando adolescente. É um prédio imponente, de três andares. Caminho pelo segundo andar procurando por algo que não sei bem o que é. Parece que estou de volta a esse lugar após muitos anos. A biblioteca existiu de fato, mas é metáfora de algo, de um sentimento específico. De repente, olho para o chão e percebo que ele se desintegrou. Há apenas uns parapeitos finos, como se fossem fios, onde devo me equilibrar. Caminho com cuidado sobre o chão fragmentado. Embaixo, o abismo. Mas estou calma. Fico chateada, pois me esqueci de trazer a câmera.

sonhado no Rio de Janeiro (novembro, 2009)

De repente resolvo viajar para o exterior. Sem avisar ninguém. Sem mala. Sem documentos. Fico preocupada que vou perder uma semana de aula do doutorado. Mas afinal, o que é uma semana?, penso. Houve um crime. Ninguém consegue resolvê-lo. Mas há uma criança no local. Uma criança que começa a ouvir vozes, como se a pessoa morta no crime estivesse se comunicando do além. A criança pode solucionar o crime, reconstituí-lo. É estranha a sensação. Sou espectadora da criança. Ao mesmo tempo, sou a criança. Ela sabe algo que não sei. Ao mesmo tempo eu consigo sentir o que ela sente.

sonhado no Rio de Janeiro (março/2008)


Papai e um peixe-poodle no supermercado.
Presente para ele, fantasias.
Um disco-voador/ilha voava ao lado da janela, com um homem pendurado.
Escrevendo nas prateleiras do supermercado...

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

sonhado no Rio de Janeiro (setembro, 2009)

Eu estava namorando meu ex-namorado.

Num determinado momento, eu acordei ou me levantei procurando por ele a mãe dele me segurou e não me deixou ir até ele. Me tratavam como desequilibrada. Eu me sentia desequilibrada. Não estava entendendo nada.

Alguém me contou que eu não era namorada dele, que achava que era e estava tornando a vida dele um inferno. Ele tinha uma namorada que não era eu. Eu tinha criado uma ilusão pra mim. E eu vi minha história como se estivesse vendo um filme em que os espectadores também achavam que estava tudo bem quando no final é tudo revelado.

Tinha um armário dentro do qual eles me escondiam para a namorada oficial não me ver e assim não haver confusão. Era um armário com uma passagem secreta, que a passagem só eu sabia como abrir pq eles se esqueceram como era.

As pessoas olhavam pra mim me reprovando.

Fui levada para um lugar onde ia ser tratada.

Esse lugar tinha muitos andares. Uns 12 talvez. Eu tinha uma "amiga" de quem eu estava tentendo me livrar. Ela era invejosa e queria me copiar em tudo.

Meu ex (que não era mais meu ex) estava se mudando. A família estava se mudando pq eu tinha traumatizado eles. Eu queria saber para onde eles iam, mas tinha medo de perguntar. Perguntei para minha médica e ela me disse.

Eu estava escalando com mais 3 pessoas. Dois garotos e outra menina. Tinha um monstro no cume. Era uma subida íngreme, com graus negativos e em cima um grande platô, com uma floresta. O monstro parecia o Godzila. Ele vinha atrás da gente. Embaixo de onde estávamos subindo tinha água, mas não era o mar. Era como uma grande piscina. Nós conseguimos driblar o monstro várias vezes, se pendurando na corda, trocando de posição, até que pulamos na água. Na água ainda conseguimos despistar ele mais algumas vezes, ele chegou a subir e depois voltou a mergulhar. Eu me escondi em algum lugar, não consegui salvar os outros. Eles foram engolidos pelo monstro. Uma sensação horrorosa se apoderou de mim. Alguns minutos depois, o monstro começou a fazer movimentos como quem está regurgitando e está sentindo muita dor. Imaginei que um dos que foram engolidos estava cortando o monstro por dentro.
Quando vi, eles estavam do lado de fora, mas embalados em alguma pele, como dentro do estômago e havia um corte largo deixando a mostra somente os rostos deles. Cada um bem separado do outro. Eles estavam estáticos. Sabia que estavam mortos.

Eu estava num prédio, num lugar que me lembrava o monstro, apesar de ser um vestiário. Salas muito largas. Tinha alguma exposição de trabalhos da faculdade. Mas o prédio estava meio que abandonado. Encontrei um amigo do colégio ali, mas falei com ele como se nos víssemos sempre. Abri uma gaveta que abria automaticamente as oturas do mesmo móvel e lá dentro tinham partes de giz seco (que serve para humanizar meus layouts) em vários tons. Queria pegar todos. Mas era como se eu estivesse roubando. Peguei alguns só que pareciam repetidos e uns pedaços de outros.

Enquanto escolhia, percebi que o chão estava marcado. Eu sabia que ali ia acontecer uma corrida de F1 e que só iam correr o Airton Senna e o Barrichelo. O Airton era amigo meu. Ele passou do meu lado e eu perguntei se iria atrapalhá-lo aonde eu estava. Ele disse que sim e eu fui para outro lugar. Meu pai foi me buscar. Eu pedi para ele esperar um pouco pq tinha que pegar os giz que eu tinha guardado. Quando voltei, alguém me levou num necrotério. Alguém tinha morrido. Eu não vi o rosto e estava implícito que eu não conhecia a pessoa. Eu estava de chileno e molhei o pé num líquido que escorria do morto. Me deram uma luva e um sabonete especial. Fui tomar banho.

Tinham muitos mosquitos no chuveiro, que eu tentava afogar (como faço às vezes quando estou tomando banho de verdade). Saí. Tinha algum homem que eu conhecia e me interessava. Eu estava de toalha, a imprensa estava do lado de fora para cobrir a corrida. Eu me escondi atrás de divisórias para não ser vista. Coloquei um sutiã, ou algo assim, lindo. Tentava me esconder do meu pai e ao mesmo tempo mostrar para esse homem que me interessava.

Eu tinha saído com um conhecido meu. Tinha ido no Rio Scenarium. Ele voltou comigo para casa. eu estava sozinha. Ele ia dormir aqui, mas foi embora no meio da madrugada. Também não estava dormindo na mesma cama que eu. Fiquei sozinha. Não conseguia dormir. Algo me levou ao pensamento de dinheiro. Vi alguma coisa que dizia que meu pai tinha deixado mais dinheiro para a gente, porém esse dinheiro só ia ser liberado em determinadas quantias e em determinadas datas. Só que uma das datas (a 2a ou 3a) era 2312 (ou algo próximo disso). Eu falei que não iria viver até lá. Forcei falar com uma pessoa que cuidava disso.

Foi aí que o sonho parecia uma pintura do M. C. Escher. Eu peguei um ônibus, que me levou para lugar nenhum, onde tinha uma varanda que para chegar, vc tinha que passar por uns portais com cúpulas. No meio da discussão, o lugar se transformou não lembro quando e eu entrei em outra história.

Era como um vídeo game. Eu entrava e saída de "mundos" diferentes, porém interligados. Algumas dimensões dessas eram numa escala menor. Às vezes eu observava, às vezes vivia o sonho.

Todo o lugar era envolto em água. De todas as dimensões.

Tinha uma "princesa" que gostava de um "príncipe", mas a princesa estava falida. A mãe não deixava ela encontrar com o príncipe e ela saía sozinha. Numa das vezes que ela voltou, a mãe não a deixou entrar em casa e a segurou embaixo d'água, como que para afogá-la.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

sonhado no Rio de Janeiro (outubro, 2009)

Entrava num casebre onde trabalhava. Lá estavam velhos, crianças, adultos. Todos pareciam ter problemas psiquiátricos e eram muito pobres. Depois eu entrava com uma mulher, uma amiga, que levava para apresentar a casa convidando-a para trabalhar comigo. Assim que entrou ela me disse: "Esta sala está vazia, não tem ninguém". Mas eu via todas as pessoas. De repente, como num flash, eu via pelos olhos dela e constatava que realmente não havia corpo algum. Então me tocava que estava trabalhando com espíritos. O mais velho pegava uma espécie de abajour sem cúpula, apenas com a lâmpada, e dizia: "Olha o que eu já posso fazer!" e se metamorfoseava na lâmpada e numa luz amarela. O estranho abajour passava pela mão de todos. Pablo chegava. Dizia que tinha ido trabalhar lá comigo. Ele fazia teatro de fantoches para os pacientes daquele lugar. Eu tirava ele de lá, queria ficar só com ele. Eu tirava ele de lá, queria ficar só com ele.

sonhado no Rio de Janeiro (outubro, 2009)


Eu entrava num túnel íngreme, escuro e frio, com lodo verde escorregadio. O túnel era estreito e não tinha altura suficiente para que pudesse ficar de pé. Era como um grande escorrega. Ele me levava ao centro da terra. No fim da boca estreita do túnel, havia um enorme e profundo lago. Lá morava um hipopótamo gigante. Ele era agressivo e pré-histórico, tentava me morder e sair do túnel a qualquer custo. Eu lutava contra ele, tinha medo. Sergio vinha me ajudar. Nós conseguíamos fechar o túnel com duas portas e assim manter o hipopótamo no lago. Tentávamos subir de volta a superfície. Era difícil e escorregadio. Conseguimos.

Sonho da noite seguinte: Sítio. Um lago enorme, de perder de vista no horizonte, águas verdes e tranquilas. No céu, nas árvores, voando, por todos os cantos, cupidos bebês, peladinhos. Um deles descia pra falar comigo. Para torná-lo humano, eu retirava suas asas, que eram de encaixar, como brinquedo. Era um menino, chamava ele de filho. Depois recolocava suas asas e ele voava novamente. Nas águas verdes do lago, três baleias nadavam tranquilas. Apenas o Sergio estava comigo.

Quando acordei meu pai me chamou para mostrar um desenho que eu havia feito (provavelmente copiado) aos 10 anos de idade, com dedicatória, e dado de presente para ele: cupidos bebês voando pelo céu.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

sonhado no Rio de Janeiro, 2005

Noite. Praia. Mar revolto.
Eu, cabeça raspada. Mergulho...
Debaixo d'água piscina, ladrilhos, azul claro.
Me miro no espelho, submerso.
Meus cabelos compridos como algas.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

sonhado no Rio de Janeiro (2009)

Conchinchina.

Eu perambulava entre sombrinhas de papel de arroz,

quando soube que eu não estava em meu país.

Diante de uma barraca de feira,

tirei do bolso umas moedas

e passei para uma mulher que segurava

um prato de balança com uma

pilha de pequenas pedras pretas.

Dei-me conta de que eu estava

comprando carvão [combustível]

e ainda assim não tenho certeza.

A mulher fez que não com a cabeça:

Você não aceita o Real?

Quem disse isso, ela ou eu?

sonhado numa aula de cultura brasileira, no Rio de Janeiro (agosto, 2009)

Acordei com o meu "professor" iniciando a matéria do dia. "Professor" porque ele não tem formação de professor - portanto, é apenas um teórico com papel de professor. Cara, eu estava com MUITO sono. Embolei aquele casaquinho estrategicamente na carteira de canhotos e comecei a minha jornada ao mundo alfa.

No pátio. Eu não andava direito. Eu não... Eu estou... ai caralho... Tonto. Paralisado. Caralho! O que aconteceu comigo? Torto, não mexia a cabeça. Não via quem podia me ajudar. E esse sol infernal! Que rampa é essa? Porra, assim eu não consigo. Não vou conseguir. Aonde que eu vou? Alguém me ajuda! Alguém me ajuda! PORRA! ALGUÉM! Minha perna... é melhor ceder. É melhor cair. Assim alguém que eu tô fodido. Porra! ALGUÉM?

Ninguém. Mas quem é que está falando o tempo todo?

Gente, que sonho. Acordo na sala. Uma sala meio diferente da primeira. Gente, eu estava REALMENTE com sono. Minha amiga põe a minha mão nas coxas dela, quase que na xereca, pra ver meu estado.
- Dorme não, criatura...
- Porra, tucom celulite pra caralho, disse sonolento. Rindo, ela retrucou:
- Toda mulher é assim. Vai dizer que nunca pegou uma?
- Mulher?
- Não! Celulite.
- Não me deixa dormir de novo, por favor.
- Cara, vocêmal assim?, perguntou com certa indiferença. A aula tá acabando, espera um pouquinho.
- Não, tô mal mesmo. Sério. Me ajuda.
- Vamos pra fora.
Seu shortinho azul claro virara uma saia rodada amarela.
- Puta merda, tô sonhando de novo.
- Acorda, homem!
- Me belisca. Não consigo sozinho.

Com insistentes beliscões, me vejo imediatamente acordando na sala de aula com a minha amiga. E esse professor que não para de falar. Cara chato!
- Vamos tentar de novo dessa vez, homem?
- Vamos .

No momento em que cruzamos a porta, eu me retorno para vê-la. Precisava da prova de que aquilo era real. Não acreditei no que vi.

Sua saia rodada amarela ficava dourada, depois roxa, depois piscava em tons de vermelho, depois laranja, depois preto. A blusa crescia, ganhava mangas, virava saia, sempre combinando. Puta merda, e esse cara chato que não para de falar!
- Eu sonhei que desmaiava no pilotis, gente, o que está acontecendo comigo?
- Eu te belisco.

De novo acordo na sala de aula. Olho para ela. Ela, real, entra no meu sonho e é minha cúmplice da minha angústia. A aula parece estar acabando. Cara, que aula chata!
- Minha roupa não está mais mudando de cor.
- Como você... Ai, você é um sonho, de novo!
- Desculpa.
- Me belisca!
Vejo o mesmo professor, a mesma cadeira onde estou sentado e ela fica do meu lado. Paralisado, tonto, sonolento, quase hipnotizado, começo a contar:
- Cinco...
Estou desesperado! Eu preciso da realidade! Como eu não consigo acordar?
- ...de como a miscigenação se transformou...
Que cara chato, ele não para de falar!
- ...quatro...
Preciso acordar, eu tenho que ter esse poder sobre mim mesmo!
-...na problemática essencial da sociedade...
bom, professor, acaba e eu consigo!
- ...três...
Essa sala não é real, eu devo estar dormindo e tem outra turma na sala real!
- ...brasileira. Então, a gente...
Vamos ! Eu não consigo! Meu casaco não está comigo! Isso não pode ser real!
- ...dois...
Deus, eu vou gritar aqui e vou atrapalhar a aula! Que pesadelo escroto, nem essa minha amiga eu conheço de verdade!
- ...continua isso na próxima aula, tá ok?
Isso!
- um...
- Chamada!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

sonhado no Rio de Janeiro, 2009

Leila disse:

Não coma banana d'água que ela te faz mal. Compre da prata.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

sonhado em Lisboa (setembro, 2009)

Essa noite por exemplo saí de bicicleta com a Laura na garupa. E do calor ensolarado da orla do Rio passamos de repente aos alpes suíços, com frio de neve e tudo. Mesmo assim continuamos pedalando apenas com a roupa de banho de mar e a Laura sempre fazendo posições impossíveis de yoga na garupa e em cima do guidon da bicleta até que chegamos no show do The Cure, que na verdade era mesmo no estádio do Ibirapuera, e lá a gente cantava "Boys don't cry". Foi ótimo, andei tanto de bicicleta que acordei super em forma!

domingo, 6 de setembro de 2009

sonhado no Rio de Janeiro (maio, 2007)

Eu caminhava pela São Clemente quando descobri um atalho.

Atrás do concreto havia um campo verde.

Era manhã, ainda o sereno gravado na grama.

O sol puxava entre os dentes a umidade das coisas incipientes.

Reluzia a sabedoria clara, as roupas quarando ao sol.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

sonhado no Rio de Janeiro (dezembro e janeiro de 2009)

Noite de 31 para 1º de janeiro de 2009
Estava falando com alguém, quando aparece no identificador de chamadas do
meu celular o nome "Carla2". Fico atônito. Era Carla pra me falar que estava com muitas saudades de mim.

Noite de 1º de janeiro para 2 de janeiro de 2009-
Fui fazer som com o Bruno em um teatro, que parecia um pouco com o teatro Noel Rosa, da UERJ. Fabiano estava por lá também.
Estava escrevendo meus sonhos.
Fui à casa do Javier levar uns instrumentos de percussão dele.
Javier foi ameaçado por carta, porque estava tocando com os amigos em casa. Ele se abateu primeiramente mas logo depois recobrou-se. Foi à casa de um senhor que vivia num quarto muito bem protegido. Esse quarto era muito bagunçado, com uma janela bem pequena (que estava fechada).
Estava cantando "Ponteio" (Edu Lobo) num grupo vocal com mais duas pessoas em uma apresentação e depois cantamos "Labareda" (Vinícius de Moraes e Baden Powell), em que só eu cantava o refrão.
Estava tocando uma tambora parecida com uma alfaia. Esta tambora tinha uma espécie de curativo que abafava o som.

Noite de 2 de janeiro para 3 de janeiro-

Conversava com Luiza sobre o REM. E ela me falou que não estava sonhando há algum tempo.
Queria dar os meus discos, mas minha mãe me interpelou afirmando que compraria uma vitrola.
Estava na sala da minha casa, quando vejo um bumbo verde, dado de presente pelo Carlão. A princípio não tinha conseguido calcular o tamanho, mas depois vi que era um bumbo de 18 polegadas.
Obs: REM= rapid eye movement (movimento rápido dos olhos). É uma fase do sono e tal.

Noite de 4 janeiro para 5 de janeiro-
Estava vendo um calendário e calculando há quanto tempo estava no Rio de Janeiro. Conto seis anos de permanência no Rio.
Estava conversando com o Lenine e acho que Tapajós estava.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

sonhado no Rio de Janeiro (agosto, 2009)

Havia uma nova etapa de seleção. Eu e os concorrentes estávamos num hotel-fazenda. Recebemos uma porção de girinos, girinos de peixe. Nos quartos individuais haviam laguinhos, de pedra e água doce. A missão era fazer os peixes crescerem. Mas o lago do meu quarto ficou muito raso, os peixes morrendo... Procurei desesperada por água e comida, achei aquários. Quanta comida ou água devia pôr? Não conseguia encontrar a medida. No quarto vizinho, o concorrente tinha pequenas cachoeiras, riachos e lagos, seus peixes cresciam sadios. No meu pequeno aquário, peixes sobreviviam. No fundo do meu armário antigo na casa da minha mãe encontrei um aquário maior, já cheio de água e peixes fortes. Aliviei. Talvez ainda estivesse na competição... 
Agora uma outra etapa: uma prova escrita. Cada concorrente sentava numa mesa do restaurante do hotel-fazenda. Todos fazendo a prova e eu não conseguia me concentrar diante da quantidade de coisas que havia trazido. Resolvi organizá-las na mesa antes de começar a preencher o "vestibular". A quantidade de objetos que saía da minha bolsa era interminável. E quando estava terminando a organização, um homem magro veio me comprimentar e dizer que estava selecionada. Os concorrentes olharam impressionados. E eu não entendi bem, mas fiquei feliz.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

sonhado no Rio de Janeiro, 2009


Eu estou numa festa no apartamento de alguém. Pessoas conhecidas e desconhecidas. Uma mulher sentada no sofá à minha frente me encara com desejo. Em pouco tempo, ela tira a calcinha e começa a se masturbar olhando para mim, na frente de todo mundo, tudo muito normal. De repente, um cara que eu conheço (não muito bem) chega na festa e senta-se no chão, em frente à essa mulher. Ele acena pra mim, notando minha presença, mas logo começa a conversar com ela. Em seguida os dois se levantam, saem da sala e entram num quarto do apartamento. Eu sinto que estão todos me observando, como se esparassem alguma ação da minha parte: “faz alguma coisa”. Daí eu me levanto e começo a andar pelos corredores do apartamento. Abro uma porta, entro num quarto bastante escuro. Ouço os sons de sexo entre esse conhecido e a mulher. Eu digo alguma coisa banal, tipo “oi, tudo bem?” Eu acho tudo muito normal, como se o casal estivesse me esperando. Porém ela começa a gritar, irada, mandando eu sair do quarto. Quando eu saio do quarto e volto pra sala, já estão todos cientes do que acabou de acontecer. O silêncio é horrível, me aniquila, eu preciso sair dali. O meu conhecido sai do quarto e chega até a sala. Ele está chorando, muito triste, como se eu tivesse lhe agredido profundamente. As pessoas da festa consolam esse conhecido que chora, ao mesmo tempo em que me olham como se eu fosse o pior dos homens. Daí eu acordo.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

sonhado no Rio de Janeiro (1987)


Tive esse sonho em 1987.

Havia uma sala ou quarto, não sei ao certo. Numa das paredes, um buraco quadrado como de ar condicionado, porém, bem maior. Eu estava sentada ali com as pernas para o lado de fora e o parapeito era bem largo. Lá fora a paisagem em vez de rua ou campo, era apenas o mar, o mar e o céu, mais nada. O céu estava todo cinza clarinho nublado e o mar estava completamente calmo, mas também cinza, só que meio azulado. Subitamente surgiu boiando um pequeno cesto que se aproximava devagar de mim. Surpresa vi que havia um bebezinho dentro dele. Tal qual na história judaico-cristã de Moisés. Estiquei muito o corpo e consegui alcançar o cesto. Retirei o bebê. Ele era muito pequeno e extremamente pálido, cor de cera. Ao pegá-lo no colo vi que na parte de trás do seu pescoço havia um corte muito profundo: ele quase havia sido degolado. Não saia sangue mas com certeza ele havia perdido muito por ali. Esta era a razão de sua palidez. Dei-me conta que seu estado era grave demais. Saí correndo com ele no colo e o levei para um hospital. Estava muito angustiada. Uma médica veio falar comigo, disse que ele teria que ficar no CTI do hospital e que o ferimento dele era muito grave. A cena muda e eu estou chegando no hospital, num corredor em frente a uma sala que parece um berçário. Uma enfermeira sorridente me entrega o bebê que agora está corado, com os olhos brilhantes e alegres. Ele está curado, ela diz. Vou andando com ele nos braços e encontro um casalzinho jovem, de uns vinte e poucos anos. Eles não me dizem nada mas eu sei que eles estão procurando um bebê para criar. Eles tem uma expressão linda e pura. Eu ofereço o bebê para eles que o aceitam amorosamente. Eu tenho certeza que o bebê será muito amado e bem cuidado e que os três serão felizes. O bebê agora terá um pai e uma mãe. Muda a cena totalmente. É noite, eu estou em pé no jardim de uma casa maravilhosa de dois andares. A casa está toda iluminada por dentro e por fora pois há uma grande festa acontecendo lá. Muitas pessoas bonitas e alegres circulam. Muda a cena. Eu agora estou dentro da casa, num salão avarandado no segundo andar. Alguém toca piano ao vivo e a música alegra com delicadeza o ambiente. Parece que tudo brilha. Eu não estou falando com ninguém, estou só observando tudo o que acontece. Estou feliz e em paz. Aquela é a minha casa.

sábado, 22 de agosto de 2009

sonhado no Rio de Janeiro, 2009


Touro bravo. Me cruzou várias vezes bufando em alta velocidade. Queria montar no touro. Botei nele uma sela, mas ele não deixava eu pôr o cabresto. Montei mesmo assim. Corremos.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

sonhado no Rio de Janeiro, 2009

Bujão de gás.
Acendendo a boca do fogo. Não era redonda, quadrada.
Tentei apagar com o vento da mão.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

sonhado no Rio de Janeiro (março/2008)



Estava com alguns amigos num lugar que parecia um forte, uma construção de pedras na beira do mar. Era noite e decidimos passear de balão. Os balões eram individuais. As pessoas sentavam em cadeiras penduradas, como um balanço. Nos inscrevemos na lista para voar. Eu estava com um pouco de medo de cair, de não conseguir me segurara na cadeira. Vimos os balões no céu. Eram vários e pareciam bexigas de tão longe. Eles sumiram numa cama de nuvens. Fiquei receosa. Fomos ao local de onde saíam os balões. Na porta tinha um livro encadernado com fotos dentro. A Aline falou: "essa é profissional!" Fiquei meio bolada, pensando que talvez ela pensasse que eu não era... Aí chegou a menina fotógrafa, que parecia ter a minha idade. Ela começou a explicar as fotos. Era simpática, mas eu dei uma desprezada. Na fila para voar tinha uma mulher preocupada porque estava grávida de 5 meses. E atrás de mim tinha uma menina com um bebê de colo... Fomos até o local de partida dos balões. As pessoas estavam esperando, sentadas até no chão. Pensei que ia demorar. Fiquei irritada com a desorganização dos caras. Alguém perguntou se tinha um cinto de segurança que nos prendesse no balão. Perguntaram se não podia ser em grupo. Os caras desconversavam... Fiquei preocupada onde o balão poderia parar, imaginei que cada balão devia ter um GPS. Queria muito me sentir voando, mas acordei ainda na fila...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

sonhado do Rio de Janeiro, 2009

sonhei que eu ganhava dois macacos — aí eu encontrava com você.

Aí os macacos morriam. E você dizia: vamos reviver os macacos.

E dava umas pauladas nos macacos.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

sonhado em Munique, Alemanha (agosto/2009)

Eu estava numa praia linda, mas com tempo nublado. Eu e mais uns 30 ou 40 amigos e desconhecidos, todos vestidos elegantemente e de pernas cruzadas, jogávamos mau-mau (aquele jogo interminável com inúmeras cartas com os mais variados significados: compra 1, inverte a ordem, etc...). Quando por alguns segundos eu me distraí com a imensidão da praia vazia e o jogo parou. Todos me olhavam e esperavam alguma reação pois era a minha vez de jogar. Uma sequência de cartas dos jogadores imediatamente anteriores a mim indicava que eu deveria comprar 250 cartas. Isso mesmo, 250 cartas.
Fiquei de queixo caído. Como assim, 250 cartas? Isso era lá possível? Eles me mostraram que um dos jogadores deu um tiro de misericórdia e usou uma carta verde (não lembro mais a figura) e eu teria mesmo que comprar 250 cartas. Que infelicidade. Eu discuti, esbravejei, mas não adiantou. Contei as cartas do montinho que ficava no centro da roda e não havia cartas suficientes ali.
Desisti do jogo.
Saí P. da vida e voltei pro dormitório. Lá, perambulei pela ala mais barra pesada e encontrei o chefe dos marginais que dormia por lá. Chamei-o  para conversar na minha ala (mais segura) porque eu queria que ele desse um "trato" numa determinada pessoa que me fez comprar 250 cartas num jogo de mau-mau. Fomos nós dois para minha cama, a parte de baixo de uma beliche, e como velhos amigos, sentamos na cama e conversamos sobre o que exatamente eu queria que ele fizesse com o meu carrasco do Mau-mau. O papo era tenso, o serviço tinha que ser bem feito.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

sonhado no Velho Continente (agosto/2009)

Já fazia tempo que eu não fazia isso, tinha andado devagarzão nos ultimos tempos mas ao encontrar com aquele amigo de tempos atrás acabei percebendo que ele tava se preparando pra missão!!! Ainda bem que eu não tô arrumadão - pensei - liga pra aqui, recebe ligação dali, eu o maluco que lembrava o Marcinho e um outro - devia ser o Saci... - nos preparamos pra descer (da onde???) e entramos no carro. Uns três rolés em volta da entrada do morro pra ver se tava za-pe-lim e o Saci ficou no volante esperando que a gente voltasse...descemos...de repente...o Dona Marta tinha ganhado uns ares de alguma outra favela, nada correspondia às lembranças que eu tenho daquele morro (é verdade que ja faz tempo que eu não boto os pés lá ) mas toda a propaganda do governo dizendo que lá não tem mais tráfico foi pelos ares quando vi uns malucos na escada enrolando AQUEEEEELE cigarrão na seda de guardanapo, mais em cima uns outros dando uns petelecos num papelote de po. Porra!!! (pensei) se eles dizem que aqui não tem tráfico imagina a bagunça que não deve tá lá na mangueira...Continuamos, sempre subindo, até que, ao virar num beco, um "espeto" sem camisa, pancadão (com certeza), com uma peça na cintura perguntou (fala Pray! Preto ou branco?) Peguei 2 de maconha e uma dola de pó (nem sei porque, só pra relembrar, acho), o maluco que parecia o Marcinho perguntou se eu tava a fim de queimar um lá em cima e eu disse que não, preferia ralar peito o quanto antes...Descemos, pela "saida dos fundos" do morro passei por uma salas de computadores e uma salas de aula incrivelmente brancas, com alunos de uniformes tinindo e mesmo uns policiais que me olharam desconfiado e seguiram andando. Logo antes de chegar no asfalto ouvi uma gritaria, uns tiros, comecei a correr, me separei do "marcinho" e quando cheguei na rua pulei no primeiro taxi que apareceu...bizarro...mas o pior é que a corrida deu uns 30 contos, so não lembro qual foi o destino.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

sonhado no Rio de Janeiro (junho de 2009)


Eu dormia no meu quarto e ouvia barulhos na sala. Ficava com muito medo. Levantava devagar e ia ate a sala. Vi que a porta do apartamento estava aberta. Na sala não havia ninguem. Mas meus livros e discos estavam todos revirados, tudo bagunçado. Eu saia gritando pelos corredores do predio, pedindo ajuda, minha casa havia sido invadida, mas nada foi roubado. Sabia que havia sido um unico homem. Eu queria ver seu rosto. Me perguntava porque ele não entrou no meu quarto e disse quem era, ja que eu estava dormindo nua e sozinha, desprevenida. Acordei toda suada, com medo, fui conferir se a porta estava trancada.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

sonhado no Rio de Janeiro (março/2009)
























Sonhei que ia ter um concurso feminino, algo parecido com Miss Brasil ou Big Brother. Ia passar na TV. Havia várias mulheres jovens mostrando seus talentos e sua beleza. Algumas estavam confiantes, outras nervosas. Uma das candidatas começou a fazer strip-tease. Ela era muito bonita e segura de si. Foi tirando a roupa, eram muitas peças. Quando tirou tudo, abriu as pernas e mostrou a vagina. Era horizontal, piscava e tinha uma pupila como um olho!


domingo, 9 de agosto de 2009

sonhado em Brasília (agosto/2009)

Sonhei que alguém me contava que o Hermeto Paschoal tinha morrido. Eu ficava chocado e pensava: "bom, pelo menos eu vi uns oito shows dele, posso contar pros meus netos".
Acordei pensando: "Putz, nunca vi o João Gilberto tocar."

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

sonhado no Rio de Janeiro (junho/2002)

Sonhei com uma garota linda que eu encontrava e ela dizia que se chamava Paloma. Acho que era preta, um negativo talvez. Umas aves estranhas, duas, uma ao lado da outra, piavam num muro ou num fio, não lembro. Olhava e as identificava como pássaro-preto, mas logo elas se transfiguravam. Faziam um estranho ritual de movimentos que a princípio parecia um espreguiçar. Depois elas se assemelhavam a morcegos. Eu sentado na beira de uma banheira, no terraço de uma casa, ao ar livre, com uma vista para um grande rio ou lago. Recortava grandes letras em papéis, e montava palavras com elas. Fiz um verso. Só lembro da palavra ASSIM com suas grandes letras brancas boiando na água da banheira. As outras caíam no chão de cimento. Era fim de tarde. Uma sensação de que algo de muito profundo estava sendo tocado. 

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

sonhado no Rio de Janeiro, 2009

Estava andando por Santa Teresa de carro. Eram muitas subidas e descidas.De repente o freio do carro pára de funcionar e vou descendo desgovernado uma ladeira. Fiquei desesperado! Daí nesta descida desgovernada e louca, avisto um velhinho muito simpático que me diz: "Meu filho, pode embicar o carro na minha casa." Então eu direcionei o carro à casa dele e bati com o carro ali mesmo, como ele havia dito pra eu fazer. O carro não se deformou (e nem eu) com a batida. Era numa rua que tinha elementos da Joaquim Murtinho junto com algumas coisas da rua Mundo Novo, em Botafogo. Daí liguei pra Juliana pedindo uma bicicleta emprestada pra descer Santa Teresa, mas ela estava morando numa outra casa enorme branca por ali mesmo e não podia emprestar a bicicleta. Então aparece um guitarrista húngaro amigo meu e me empresta uma bicicleta. Pego a bicicleta, desço Santa Teresa e vou andando pela Lapa. A bicleta não tinha freios.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

sonhado em Araras (agosto/2009)

Eu estava dormindo numa espécie de tenda, com uma amiga ao meu lado, no terreno de meu sítio em Araras (serra carioca). Três prédios muito altos que ficavam ao lado do terreno (só no sonho, em realidade não existem) caíram, um a um, dentro do meu sítio e perto da barraca onde estávamos. Eu vi o processo de cada um, independente, balançando e em seguida caindo. Acordei minha amiga, que ainda dormia ao meu lado, e fomos ajudar os sobreviventes. Daí em diante, não tenho mais clareza dos acontecimentos... Muito angustiante.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

sonhado no Rio de Janeiro


Turva neblina luminosa na madrugada perdida. Calçadas ainda úmidas de sono e sereno. A lâmpada antiga do globo de vidro leitoso sobre o poste baixo mal ilumina a praça. Vislumbro de longe e me aproximo réptil. Então percebo: dezenas, centenas de mariposas voam ao redor do globo luminoso. Não, são milhares, uma miríade de pequenas mariposas batendo asas, nuvem turvando minha visão. Estou junto ao enxame e mal enxergo o globo. Estendo o braço, minha mão penetra a nuvem viva que se deixa abrir como um arbusto. Lá no centro, em vez da luz surge, túrgida, uma rosa: tua bucetinha.

domingo, 2 de agosto de 2009

sonhado no Rio de Janeiro (janeiro/2009)

Eu estava em uma casa antiga e buscava um lugar para dormir. Os quartos pareciam estar fechados há anos e quando eu abria a porta surgia uma luz azul coberta de poeira suspensa no ar. Deitava em outro quarto da casa, em uma cama sem lençol. Quando me despertava meu corpo estava coberto de mel e rodeado de maribondos. No começo sentia medo dos maribondos me picarem. Depois o medo passava e eu caminhava pela casa rodeada por eles. Ia até um rio me levar. Um pequeno animal vinha atrás de mim. Ficávamos amigos. Eu o ensinava como entrar na água sem que a correnteza o levasse. Caminhávamos pelo rio até chegar em outra casa. Havia uma festa. Outras pessoas pareciam ter nos seguido. Uma delas era uma mulher mas tinha um pau enorme. Alguém também percebia e olhava pra ela. Acordei.

sábado, 1 de agosto de 2009

sonhado no Rio de Janeiro (agosto/2007)

Teatro do Jockey. estou para assistir a uma peça. as cadeiras da platéia foram afastadas para o lado e estão amontoadas num canto. ou seja, nãopalco e público, apenas um grande espaço no centro. A peça será conduzida por um ator/guia que trabalhaanos mostrando para as pessoas que elas são todas entrelaçadas, que o mundo é habitado por pessoas unidas umas às outras. Há algo de lindo e apaziguador nisso, embora ele diga que volta e meia uma dupla de pássaros em vôo adoece. Ele, o ator/guia, propõe um exercício. Cada dupla vai para o centro, uma de cada vez, e começa a se movimentar, tentando sincronizar os movimentos um do outro sem, no entanto, jamais combinarem quem está imitando quem. As duplas seguem em seu movimento, batendo as asas, gesticulando, dando guinadas inesperadas. Não é possível diferenciar quando os gestos representam sintonia ou simbiose. Beleza e perigo contidos na mesma dança.

O ator/guia põe um cartaz diante de cada um de nós e pede para desenharmos sobre o mapa que ali se encontra, ligando os lugares por meio de uma linha. "Se toparem com um obstáculo, simplesmente contorne-o, por maior que seja", diz o ator/guia. começo a unir por meio de um traço a Patagônia ao México e depois ao rio Yavari, na Amazônia. Paisagens monumentais. no início, desenho sobre o papel, mas aos poucos vou deixando o meu traço sobre a própria paisagem da Terra, criando sulcos enormes, rastros, túneis de barro, barrancos e desfiladeiros, como se estivesse fora da Terra, observando de cima. Sou imensa, embora não consiga me ver. depois estou numa colina junto com o guia/ator que memais uma tarefa: "procure o sapo, é sinal de água limpa”.

dois bodes negros e fortes com chifres, pastando sobre a colina coberta com um enorme matagal. tenho medo deles, mas é impossível ignorá-los, isso é certo. Começo então um trabalho de condução, em que arranco da colina chumaços de capim com os quais vou acenando para conduzir os bodes. Meu movimento, no entanto, é desajeitado, pois tenho medo. Mas junto com o medo, sinto coragem. O ator/guia está ao meu lado e vai dizendo, "pensa no que você quer, direciona o trabalho, se você souber o que quer, os bodes serão facilmente conduzidos".

quinta-feira, 30 de julho de 2009

sonhado no Rio de Janeiro (outubro/2003)



Estou numa casa em construção. Combinei de ir ao cinema com o Tiago. Ele aparece.
Em vez de irmos ao cinema, a gente transa. Depois nos falamos pelo telefone. Estou diante de uma vidraça gigantesca, olhando a paisagem lá fora. Um horizonte que se estende, infinito. Vejo uns pontinhos ao longe. "Pássaros", penso. Quando a revoada se aproxima vejo que são borboletas. Cada par de asas suspende o corpo de um homem. Comento com o Tiago, ao telefone, que eu nunca tinha reparado que os homens são borboletas. Ao acordar, leio um livro de mitologia e descubro que eros muitas vezes aparece em forma de mariposa ou borboleta.

sonhado no Rio de Janeiro em julho de 2009



Eu e Clara andavamos pelas ruas de um lugar desconhecido, cidade litorânea. Eu me retirava e ela ficava só. Na volta, ela me contava que havia beijado P. Eu enlouqueci tentando entender como, porque e cada detalhe da situação: quem tinha beijado quem primeiro, como tinha sido... De repente Clara aparecia completamente diferente, era um personagem carregando um grande aquário, um brinquedo de sua infância. A imagem de Clara se transportou para o fundo de um aquário, vestida de apresentadora de circo. O aquário era um cinema-aquático, tudo acontecia lá dentro: muitas histórias simultâneas, personagens, um universo. Debaixo d’agua e um ar circense. Eu entrava no aquario-cinema com aquelas cores de fundo do mar e uns seres muito doidos. Via filhotes de cachorro: um tinha cabeção, outro tinha pernas longas e finas... eram aberrações fofinhas que faziam cocô em forma de banana fuosforescente!!!! Dentro do aquario-cinema eu via "flutuando-voando" na "água-ceu", um papiro. Meu avô havia enviado esse papel diretamente do Além e eu deveria entregá-lo a P. Mas P. sumiu. Acabei encontrando outro homem, lindo de morrer, junto com seu time de futebol inteiro, inclusive o tecnico! Eu e esse homem transavamos no banheiro-aquatico em cima de uma privada, que era dentro do chuveiro, que era debaixo d’agua! Tudo brilhava em volta, como liquens e algas. Era sinistro e magico ao mesmo tempo. Num segundo, eu saia do aquario-cinema-circense e via as figuras lá dentro do aquario acenando um tchauzinho pra mim.

sonhado no Rio de Janeiro, 2009

Estava dirigindo um carro, era motorista de um empresário ou um político, alguém importante. Íamos estacionar mas percebi que estávamos numa pista de decolagem de aviões pequenos, particulares ou fretados. Fui dar a volta com cuidado para sair dali, mas de repente veio um avião rápido e cai em cima de um posto de gasolina. Vi explodir primeiro o avião, e depois o posto. Os frentistas voando...
Depois estava numa espécie de escritório. Falava com um homem que me disse que era melhor pegar os remédios logo. Encontrei o chefe, o político, e ele tinha os dois olhos enormes, a pálpebra era uma película preta, como um plástico muito fino com numerozinhos nas pontas. eram curativos? Pensei se meu rosto também estaria assim...
acordei



sonhado no Rio de Janeiro (julho/2009)

Quando percebi estava com ele abraçada. Trocando carinhos. Ele me beijou e eu fiquei tentando lembrar se reconhecia aquele beijo. Como uma confusão de abraços, eu pensei que estávamos transgredindo o real. Em um instante, de sobressalto, ele saiu da situação. Na verdade eu o espantei com o meu espanto. E ele esqueceu seu black berry, estava caído sobre a cama, sem uma tecla. Eu tentei fazer com que ele voltasse a me beijar, mas ele não estava mais lá.

sonhado em São Paulo - julho/2009

Eu plantava em um vaso com terra alguns pedaços de frutas e sementes de pimenta. Apareceram aranhas e eu plantei também. Depois de um tempo, encontrei o vaso e havia mofo, nada havia florido, mas as aranhas estavam vivas e uma delas, mortal, tentava me morder. Eu me esquivei, mas ela caiu entre eu e o lençol, causando a maior aflição. Acordei pedindo socorro. Adormeci novamente e sonhei que humilhava minha mãe e e ela caia em prantos. Não podia conter sua dor e tampouco a minha. Aí, já não pude mais dormir.

sonhado no Rio de Janeiro (maio/2008)



Ando de bicicleta por uma rua de paralelepípedos, sinuosa e íngreme. Um homem armado quer levar minha bicicleta. Digo não. Viro de costas e saio pedalando ladeira abaixo, com medo de levar um tiro nas costas. Pedalo rápido até o fim da rua, que é sem saída. Parece que estou dentro de um cesto/balaio, mas lá em cima há o homem armado. Uma outra pessoa aparece, gigante. Parece eu mesma. Ela corta o fundo do cesto com uma tesoura. Saio de bicicleta por ali.

terça-feira, 28 de julho de 2009

sonhado no Rio de Janeiro






















Do fundo de um poço muito fundo, poço ligado ao centro da terra, emergiu uma baleia, com muita força e rapidez. Eu meditava sentada e nua sobre uma enorme serpente enroscada que por sua vez flutuava na agua escura do poço. E tudo era escuro. Eu esperava a força da baleia. Me vi e tudo era como um jato, como o mesmo jato de agua que sai da baleia quando ela respira.