segunda-feira, 24 de agosto de 2009

sonhado no Rio de Janeiro (1987)


Tive esse sonho em 1987.

Havia uma sala ou quarto, não sei ao certo. Numa das paredes, um buraco quadrado como de ar condicionado, porém, bem maior. Eu estava sentada ali com as pernas para o lado de fora e o parapeito era bem largo. Lá fora a paisagem em vez de rua ou campo, era apenas o mar, o mar e o céu, mais nada. O céu estava todo cinza clarinho nublado e o mar estava completamente calmo, mas também cinza, só que meio azulado. Subitamente surgiu boiando um pequeno cesto que se aproximava devagar de mim. Surpresa vi que havia um bebezinho dentro dele. Tal qual na história judaico-cristã de Moisés. Estiquei muito o corpo e consegui alcançar o cesto. Retirei o bebê. Ele era muito pequeno e extremamente pálido, cor de cera. Ao pegá-lo no colo vi que na parte de trás do seu pescoço havia um corte muito profundo: ele quase havia sido degolado. Não saia sangue mas com certeza ele havia perdido muito por ali. Esta era a razão de sua palidez. Dei-me conta que seu estado era grave demais. Saí correndo com ele no colo e o levei para um hospital. Estava muito angustiada. Uma médica veio falar comigo, disse que ele teria que ficar no CTI do hospital e que o ferimento dele era muito grave. A cena muda e eu estou chegando no hospital, num corredor em frente a uma sala que parece um berçário. Uma enfermeira sorridente me entrega o bebê que agora está corado, com os olhos brilhantes e alegres. Ele está curado, ela diz. Vou andando com ele nos braços e encontro um casalzinho jovem, de uns vinte e poucos anos. Eles não me dizem nada mas eu sei que eles estão procurando um bebê para criar. Eles tem uma expressão linda e pura. Eu ofereço o bebê para eles que o aceitam amorosamente. Eu tenho certeza que o bebê será muito amado e bem cuidado e que os três serão felizes. O bebê agora terá um pai e uma mãe. Muda a cena totalmente. É noite, eu estou em pé no jardim de uma casa maravilhosa de dois andares. A casa está toda iluminada por dentro e por fora pois há uma grande festa acontecendo lá. Muitas pessoas bonitas e alegres circulam. Muda a cena. Eu agora estou dentro da casa, num salão avarandado no segundo andar. Alguém toca piano ao vivo e a música alegra com delicadeza o ambiente. Parece que tudo brilha. Eu não estou falando com ninguém, estou só observando tudo o que acontece. Estou feliz e em paz. Aquela é a minha casa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário