quarta-feira, 21 de abril de 2010

sonhado no Rio de Janeiro

Chegamos num hotel que eu já visitara outra vez em sonho. Em copa, mas num canto arborizado do bairro. Hotel antigo, com algo de misterioso. Quem estava comigo agora? O que buscávamos? Perguntamos pela piscina, e nos indicaram. Estranho ter piscina num hotel daquele. Alguém disse que os contraventores gostavam de fazer festas ali. Tinha um quintal que parecia de casa, gramado, uma pequena piscina ao fundo. Um cachorro que eu não via mas sabia estar ali. Tirei a camisa preta, estava molhada de suor. Olho bem as manchas da umidade no tecido preto algo gasto pelo tempo e pela máquina de lavar. Toca o telefone e acordo com essa imagem.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

sonhado no Horto, Rio de Janeiro (abril, 2010)


Estava num navio. embaixo de um navio. Um navio gigante. Eu nadava, e cada braçada me levava para muito longe, para além do tamanho dos meus braços. Paro, olho pra trás, e vejo como estou longe do navio. Começo a braçar de volta. O bote do lado do navio me espera. Entro num barco menor que o navio e maior que o bote. A brincadeira lá dentro é dançar madonna. É uma brincadeira de imitar o outro. Uma amiga está vestida de gato, mas o carnaval já passou. Outra amiga faz festa com o gato, que é uma fantasia meio estrutura-meio caixa, um gato quadrado, uma cabeça de gato meio tv. Era no meio de um corredor que estava nos levando para um outro ambiente do barco-navio. Meu despertador toca.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

sonhado em Sobral, CE (abril, 2010)

Eu estava deitada com a cabeça apoiada no colo do meu atual namorado. Conversávamos distraidamente com alguns amigos, dentre eles, um antigo affair que já não vejo há mais de um ano e uma amiga próxima (ela, estranhamente, usava seu corte de cabelo antigo, longo, inteiro).

Lembro que comentei sobre outra amiga, mas de maneira que me comparava a ela e me depreciava. O antigo affair e a amiga-de-cabelo-antigo rebateram meu comentário o que me deixou enlouquecida de ódio. Comecei a gritar com ela, falei coisas horríveis, ofensivas, obscenas as quais ela me respondia na mesma medida, enquanto se afastava e sumia. Praticamente não havia cenário, era tudo muito branco e claro.

Senti remorso por minha irritação, mas estava com muita raiva dela. Procurei pelo antigo affair e o encontrei em um quarto, deitado numa cama de solteiro, semi-sorrindo pra mim. Pedi desculpas e ele sorriu e pediu que eu me deitasse com ele. Assim o fiz. Deitei a cabeça em seu peito e um sentimento carinhoso de segurança me tomou.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

sonhado no Rio de Janeiro

um de nós atirou
(entreolhares)
vergonha rubra escorrendo pelo bueiro

sábado, 3 de abril de 2010

sonhado no Rio de Janeiro (janeiro, 2008)

Estava eu no terraço da minha casa, conversando com uma de minhas tias. Era final de tarde. Nesse momento, ela diz: "Olha quem está vindo ali". Era a Isabel Filardis, a atriz, no quintal da casa ao lado, que dava para ver muito bem de onde estávamos. Ela estava acompanhada de mais alguns homens. Minha tia então gritou: "E aí Isabel, o que tá fazendo por aqui? Ela respondeu: "Não posso falar, Cristina, e acho melhor vocês entrarem, o que está para acontecer não é muito agradável." Fingimos fazer o que ela pediu, mas a curiosidade foi maior e ficamos escondidas, vendo o que de não muito agradável iria acontecer. Nesse momento, um grupo de umas dez crianças saem da casa do vizinho e são colocadas de cara para um dos muros. Isabel e os homens tiram armas de seus bolsos e simplesmente atiram nas crianças. Sem hesitar, sem sofrer. Os corpos ficam ali, no chão, e eles vão embora como se nada tivesse acontecido.

Obs.: Por mais sem noção que seja, esse sonho me fez chorar. E até hoje mexe comigo. E devo deixar bem claro: nada contra a Isabel Filardis, não sei porque justamente ela fez parte do meu sonho.

sonhado em Itabirito, Minas Gerais























Não me lembro exatamente como, mas eu e uns amigos encontramos duas pedras enormes de diamante, o tamanho era mais equivalente a uma caixa de sapato, cada uma. Lembro -me da dificuldade para carregar, e do pensamento que afixou na mente e de lá nunca mais saiu: "esconda isso, não confie em mais ninguém, eles vão querer tomar o que é seu!". Então as duas pedras de diamante se separaram, numa cidade pequena e conservadora de certo modo. Por um tempo era possível mantê-la a salvo, mas curiosos chegavam depressa e se metiam onde jamais seriam chamados. Me lembro de duas memórias nesta fase, uma delas era sobre a própria história da cidade, que era assombrada por uma guerra entre 2 líderes muito poderosos. Tal guerra havia separado a cidade no meio, e as pessoas obviamente não gostavam disso. A ideia de num novo conflito me era interessante, mas pensando racionalmente estava totalmente fora da minha realidade. Outra coisa que me passava muito pela cabeça era: "pegue sua parte e vá embora, o mais rápido possível!". Mas como poderia eu separar uma lasca em um diamante, a rocha mais resistente do mundo? Quando a pedra foi encontrada, havia uma turma de umas 9 pessoas ou 8. Tal turma foi dividida em duas e cada metade seguiu em uma direção com uma pedra, e um objetivo confuso. Foram dias marcados na minha vida por extrema preocupação de proteger o novo bem, mesmo que isto custe várias amizades. Eu tive que aprender a mentir, embora não diria que tive sucesso, funcionou por um tempo. A outra turma, em posse do outro diamante estava fazendo de tudo para botar as mãos na minha preciosidade. Eles diziam, e até acredito na intenção - mas não nos futuros atos, que queriam unificar a riqueza para evitar o conflito. Nesta turma estavam membros de famílias originadas da cidade, com larga historia de antepassados nascidos, criados e consumidos pela cidade. Minha casa mais parecia um cativeiro. Desconfiava de qualquer ruído do lado de fora, apenas pessoas de extrema confiança entravam, com estas eu podia contar, meu irmão e meu primo. Os outros que eu gostaria de convidar eram justamente os membros do outro grupo. Até que um dia pessoas começaram a entrar e entrar, a casa virou uma festa, literalmente. Um bom tempo havia passado, muitas mentiras contadas e as pessoas já chegavam a pensar que toda aquela precaução era a própria mentira, como se nunca tivesse existido a 2ª pedra (assim era chamada, pois a primeira estava em posse da cidade, em termos. Nas mãos do líder exclusivamente, mas todos sabiam que dali não sairia, e por isso estava segura). Na minha casa havia um presente feito pouco antes da separação das pedras. Um amigo havia feito uma cruz e a pendurou virada para baixo na varanda. Todos sabiam que aquilo era uma brincadeira, e um presente inocente. Tal presente permaneceu lá e não era invejado por ninguém. Era uma cruz de mais de 1 metro, feita de diamante. No dia em que a casa estava em festa, algumas pessoas localizaram a grande pepita de diamante, enquanto outras horrorizaram-se com o crucifixo invertido, como se este representasse o demônio. Nos meus sentimentos essa representação só era válida na mente dos que representavam. Mero simbolismo mal interpretado. E foi na mesma e já calada noite que eu e os mais próximos fomos embora. Carregando com certa dificuldade nosso grande e precioso tesouro. Voltando no tempo lembrei me da falta de destreza que eu tinha ao tentar acompanhar meus amigos. Lembro-me claramente de uma ocasião em que subimos numa casa em construção para sentar ali no alto, onde os pedreiros faziam a pausa para o lanche. Era um lugar interessante, com visual bonito e ficava no alto da construção. Quando tentei me acomodar acabei derrubando toda a plataforma, meu primo se segurou sem problema e lá permaneceu. Eu caí de lá do alto, mas não houve machucado nem lembrança da queda, e lá embaixo comecei a juntar a bagunça, e a tentar bolar um plano para subir novamente. Meu irmão subiu lá sem problemas e lá ficou. Passou uma sensação de que a pedra deveria ser nomeada posse do meu primo, por suas capacidades. E então ele deveria ser declarado como um rei e daí o seguiríamos. Seria perfeito, mas este meu primo parecia não ter muita inteligência para governar. Sua mente funcionava muito instantaneamente e fluía com leveza sem armações, como um rio. Um rio não governa, montanhas governam. De volta no tempo, estávamos agora viajando, eu, minha esposa, meu irmão e mais algumas pessoas, homens e mulheres. Paramos num hotel muito apertado e lá ficamos por um tempo. Comecei a me enciumar de minha esposa por ela estar em contato tão próximo com outras pessoas. Aquilo não me parecia certo. Ela ria, estava gorda e grande, e seu corpo se esfregava nos dos outros todo o tempo. Já não aguentava mais a pressão, a paranóia, obsessividade e outros sentimentos parecidos que assolavam meu coração. Em nenhum momento deixei de desejar apenas a minha lasca e nada mais. Mas o que ocorria era que até pegar a minha lasca, iria ajudar a coordenar a pedra toda. Se eu estava lá afinal, iria tentar cuidar do grupo. E era óbvio que um grupo coordenado por mim não teria muito sucesso, reconheço minhas falhas, e não sou um líder muito adequado. Estava em tal posição por falta de opção apenas. Os outros seriam extremamente mais descuidados e nada de bom poderia acontecer. Num outro hotel, não tão apertado mas de luxo inferior todos pareciam estar leves, enquanto eu parecia estar carregando uma montanha nas costas. Uma montanha que aumentava de tamanho. A informação vazava muito rápido por aquelas bandas e rapidamente fomos encontrados. Ocasionalmente mandavam alguém para tentar tomar nosso tesouro. Começaram a mandar pessoas mais perigosas. Até mesmo assassinos profissionais. Mas nosso grupo era forte. Tínhamos um negro gigante, espécie de brutamontes que facilmente botava qualquer um pra correr. Tínhamos uma mulher muito sagaz e dotada de muita habilidade. E alguns outros. Nenhum era totalmente confiável em meu ponto de vista, não que eu fosse parâmetro para julgar alguém na ocasião. Porém o tesouro estava em segurança, pois ali jamais alguém aguentaria roubar sozinho aquele pesado fardo. Uma imagem passava pela minha mente com muita intensidade, era como uma escuderia para nossa equipe, era um símbolo simples, um triângulo isósceles com a ponta eminente em formato oval, parecido com uma montanha. Na parte interna e no topo havia uma espécie de olho, mas identificado apenas pela pupila que era como a de um gato, num formato oval pontudo na vertical. Subconscientemente eu sabia o que cada símbolo ali representava para mim. Parecia mais um grito inconsciente de minhas entranhas. Lembro-me que pouco antes de sairmos do hotel, o namorado de uma das mulheres que havia seguido em nosso grupo apareceu, ele a queria de volta, apenas isso. Mas ela não queria mais ele, de forma alguma. O sujeito grudou de uma forma incômoda e eu pessoalmente me senti impulsionado a enxotá-lo. Aquela garota me agradava, apesar de estar lá pelo tesouro, era bonita, e é sempre bom termos algo bonito para olhar. Além do mais eu precisava explodir, e aquele era o saco de carne especialmente enviado para mim. Instiguei a briga e ele entrou, então comecei a espancá-lo, com muito socos. Seu rosto já machucado, porém sua atitude ainda corajosa não me permitiam parar, e eu não queria parar mesmo. Nenhum de meus murros havia sido forte o bastante para liberar minha tensão. A briga se estendeu por alguns minutos e os outros já queriam encerrá-la. Uns pareciam querer espancar o infeliz, outros pareciam apenas querer encerrar aquilo. Mas eu havia tomado posse daquele sujeito. Sua mandíbula haveria de ser destruída por meus punhos. Cada soco que eu dava parecia mais perto de alcançar o que eu buscava. Até que então o negro brutamontes acertou o indivíduo com um prato pelas costas e encerrou a briga. Não alcancei meu objetivo. Saí dali sem ter explodido. Foi como ter feito sexo e não ter alcançado o êxtase do orgasmo. Aquilo me frustrou muito, pois me pareceu que meus braços não eram fortes o suficiente para dar o soco final. Por mais que eu tentasse, minha força era limitada, e o impacto não era a explosão que eu tanto necessitava. Como minha última tentativa de transferir o poder para outra pessoa havia sido inútil, não houve nada mais a fazer do que seguir em frente. Parecia como se ninguém quisesse pegar aquele poder, pois governar aquilo que tínhamos não era presente nenhum. Estava mais para castigo. O tempo todo não quis acreditar que fosse um castigo meu, mas se este fosse, eu iria honrá-lo até que este castigo fosse liquidado completamente. Passou um tempo e encontramos um velho joalheiro que poderia nos ajudar. Ele possuía ferramentas adequadas para lascar a pedra em tamanhos iguais sem danificá-la. Ainda sobre tremenda ou pior influência da desconfiança, foi decidido por mim que todos estariam juntos e presentes para uma partilha final da pedra. Onde cada um carregaria uma parte igual e então o grupo seria desfeito. Isso era tudo o que sempre quis desde o início. Afinal, a parte dividida para cada um do grande diamante era equivalente a uma carteira de bolso cheia de notas, em tamanho, por que em valor era uma bela de uma aposentadoria. Nunca soube claramente, mas meu instinto sempre me disse que nômades carregam sua própria riqueza individualmente, e quanto menor o peso, mais fácil será seguir o caminho.