quarta-feira, 11 de maio de 2011

Sonhado no Rio de Janeiro (maio de 2011)

Olhava para minha mão direita que segurava um copo de água. Meu dedo indicador estava se transformando num pássaro ainda em formação, com membranas finas, mas já tinha asas de penas escuras.
Eu me desesperava. Procurei minha mãe que é médica na esperança dela resolver aquela coisa estranha. Ela rasgou meu dedo com um bisturi. Retirou o pássaro. Mas viu que eu estava cheia de fetos abrigados por todo o meu corpo. Como se os fetos não ficassem apenas no útero, mas fossem gestados em outras partes também. Minha mãe sugeriu que eu olhasse o meu pé direito. Ela novamente passou o bisturi. Dentro do meu pé direito havia um feto humano quase formado e pronto para nascer. Eu não via seu rosto, apenas seus pés e pernas e o cordão umbilical. Aquilo me deixava completamente perturbada. Começava a vomitar. Vomitava pedaços dos fetos que estavam em mim: mãozinhas, pés, perninhas... Pensava que não estava gestando no lugar certo. Pensava que precisava começar a tomar pílula logo.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Sonhado no Rio de Janeiro (março de 2011)

As pessoas eram sapos estranhos e gigantescos. Isso me dava muito nervoso.Todos eram verdes e asquerosos e estavam atrás de mim. No fim do sonho eu entendi que as gente-sapo me perseguiam porque eu deveria fazer uma oferenda `a Sapa Mãe, que era uma sapona mesmo, grande e gorda.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

sonhado no Rio de Janeiro (fevereiro de 2011)


Uma sala com pé direito muito alto. Não havia nada na sala. Perto do teto estava montada uma rede feita de corda. Sobre a rede andava um homem que dizia para uma mulher que estava na beira da rede e parecia estar com medo: - Vem! Você é uma acrobata. Faz o que você sabe fazer, faz o seu trabalho. A mulher então começou a andar na rede e aos poucos ganhava confiança. Entendi que eles eram um casal de acrobatas e que o trabalho deles naquele momento era desfazer toda a rede que os segurava, que dava alguma sensação de segurança. A rede era azul e vermelha, assim como as roupas que vestiam. Numa dança de acrobacias aéreas eles desfaziam a rede. Eles se seguravam no nada, pareciam voar. Me lembro de uma cena que a corda da rede estava toda enrolada na perna dela e ela se pendurava na corda, como se fizesse um número de tecido circense. Num certo momento, a rede já estava toda desfeita, havia apenas um pedaço da corda que os mantinham seguros. Eles estavam no ar e nas paredes, perto do teto. Ela pedia a permissão dele para continuar. Ele deixava. Ela se enrolou na corda até chegar perto do corpo dele e os dois vieram para o chão. Ele cantava uma música linda. Eles eram franceses. Eu entendi que eles se casaram. De repente muda o cenário. Eu estou com um homem na casa do casal de acrobatas. Eles já morreram. Entendi que eles ficaram casados até muito velhinhos e que fizeram obras, o longo de toda a vida, sobre o casamento deles, sobre o amor. Eu andava pela casa e tocava em tudo. Eu e meu namorado mexíamos em tudo, era uma brincadeira que me emocionava. Cada objeto da casa era uma obra deles. Me lembro de uma espécie de caleidoscópio feito com moedas e imagens dos rostos dos dois.

sonhado no Rio de Janeiro (janeiro de 2011)


Eu, Rute, Ana e Thiago estávamos numa sala muito grande, nos preparando para contra histórias. Eu e as meninas tocávamos cestos indígenas, como se os cestos fossem flautas. Dos cestos saiam músicas lindas de som agudo. Do outro lado da sala Thiago começou a tocar um instrumento de som muito grave e bonito. Entendíamos que ele estava nos regendo.De repente o olho esquerdo do Thiago caiu no chão e de sua órbita começou a sair uma cachoeira intensa. A água que brotava dos olhos dele era uma água gosmenta. Eu pensava que era líquido aminiótico. Levantei para ajudá-lo a encontrar seu olho.

sonhado no Rio de Janeiro (fevereiro de 2011)

Estava numa casa de praia. Comemoração de um novo ano. Metade da casa fazia sol com céu azul. Na outra metade nevava. Ele estava na varanda, perto da parte que nevava, como se esperasse alguma coisa acontecer. Todos saiam vestidos de branco para ver os fogos. Eu ainda estava enrolada numa toalha. Antes de me vestir fui para o lado de fora da casa e encontrei um ovo gigantesco. Era um ovo mesclado de azul, marrom e areia, com enfeites de granulado de brigadeiro. Eu trouxe aquele ovo enorme para dentro de casa e mostrava para ele, dizendo que encontrar aquele ovo era sinal de muita sorte, que não poderia ser apenas coincidência. Karina, uma amiga de infância, estava sentada feito um Buda – não me lembro se ela estava sentada no sol ou na neve – ela dizia que havia comprado aquele ovo para o pai dela e que o ovo era o presente mais especial que se pode dar para alguém.

sonhado no Rio de Janeiro (fevereiro de 2011)


Descobri que os destinos de todas as pessoas eram guardados em escrituras dentro de ovos, em espécies de pergaminhos. Cada pessoa possuia o seu próprio ovo. Os ovos eram coloridos, alguns eram rajados, e tinham tamanhos diferentes. Eu podia ler os destinos das pessoas mesmo sem quebrar os ovos, apenas colocando-os nas mãos. Me sentia triste porque via destinos horríveis de pessoas que eu amo. Podia ver os destinos de todos, mas não sabia ver o meu.