terça-feira, 22 de dezembro de 2009
sonhado no Rio de Janeiro (dezembro, 2009)
A mulher vestia trapos. Havia uma alternância: as vezes eu era a mulher, outras apenas a observava, mas o tempo todo podia sentir o que ela sentia.
Ela se transformava em bichos: cavalo, onça, urso, cachorro.
Era sábia, parecia jovem, mas era velha, meio selvagem e forte mas também era inocente, como os bichos.
Ele achava que mandava nela. Ela deixava ele acreditar que sim, mas pouco se importava com ele.
Ela queria fazer sexo e subia em cima das coisas.
Ela olhava para o chão, uma terra de lodo.
Coisas nasciam da terra: sementes, espinhos, pequenos caules de plantas, pêlos.
Olhava para a palma de sua mão e, simultaneamente, tudo o que nascia na terra também brotava de sua mão.
Nesse momento eu era ela.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
sonhado no Rio de Janeiro, 2005

O diabo me persegue num prédio de hospital público.
Correndo, chegamos na porta do elevador. Ele vai me matar.
Na porta do elevador está uma mulher alta, loira, vestida com uma roupa toda colada
de estampa de cobra, bota preta de couro e salto alto.
Ela me coloca atrás dela, me protege.
Imediatamente ela se transforma numa serpente do tamanho de uma mulher. Espanta, com sua boca enorme, o diabo.
A serpente se transforma em mulher de novo.
sonhado no Rio de Janeiro, 2009
A morte, no ar misturada, pairava.
Em meio ao caos de corpos, uma referência viva, real e bela: Isabel.
Corri para abraçá-la, e quando a abracei, ela se transformou numa enorme serpente negra. Enorme, com as dimensões de uma mulher. Menos comprida que larga. Soltei-a no mesmo instante, e ela voltou a ser Isabel. Compreendi então (talvez ela tenha dito, não lembro) que devia decepar a cabeça da serpente para que Isabel se livrasse dessa “maldição”.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
sonhado no Rio de Janeiro, 2009
furacão dna se aproxima verde, azul, laranja o grande pela porta o pequeno pela janela estranhos fotografam o furacão ao fundo |
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
sonhado no Rio de Janeiro (abril, 2009)
E eu respondo “sou, porque?”
“Eu queria saber se aqui tá tranquilo.”
“Como? O ambiente? O show? As pessoas? A rapaziada?”
“É. Se tá tranquilo. Achei que tinha uns caras brigões, esquisitos.”
Subo num degrau de uma arquibancadinha lateral ao palco, olho pros meus amigos, olho envolta, vejo a platéia já meio dispersa, pouca gente, olho pro palco, intervalo, olho novamente pros meus amigos, constato que eles são pelo menos uns 5 caras, não vejo nada anormal em volta, viro pro gordinho e falo “tá tranquilo.”
Ele me agradece, vira pro lado, abaixa a cabeça e começa a passar mal. Põe a mão na barriga, se curva e faz que vai vomitar. Um cara alto pra caralho, de rabo de cavalo, que estava o tempo inteiro próximo à gente, num lance fulminante de tão rápido, agarra o gordinho, suspende ele há mais de 2 metros. No primeiro momento achei, no golpe de vista, que tudo era pra evitar que o gordinho vomitasse em algo valioso, tipo um quadro que estava apoiado no sopé da arquibancadinha ou algo assim. Porra nenhuma. O altão arremessa o gordinho com a maior brutalidade de cara no chão. Arrebenta ele, seus dentes, sua coluna, tudo de uma só vez, no momento em que ele estava mais vulnerável, se preparando pra vomitar, depois de ter confirmado comigo que estava tudo tranquilo. Acordo do sonho.
sábado, 31 de outubro de 2009
sonhado no Rio de Janeiro (outubro, 2009)
sonhado no Rio de Janeiro (novembro, 2009)
sonhado no Rio de Janeiro (março/2008)
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
sonhado no Rio de Janeiro (setembro, 2009)
Tinha um armário dentro do qual eles me escondiam para a namorada oficial não me ver e assim não haver confusão. Era um armário com uma passagem secreta, que a passagem só eu sabia como abrir pq eles se esqueceram como era.
As pessoas olhavam pra mim me reprovando.
Esse lugar tinha muitos andares. Uns 12 talvez. Eu tinha uma "amiga" de quem eu estava tentendo me livrar. Ela era invejosa e queria me copiar em tudo.
Meu ex (que não era mais meu ex) estava se mudando. A família estava se mudando pq eu tinha traumatizado eles. Eu queria saber para onde eles iam, mas tinha medo de perguntar. Perguntei para minha médica e ela me disse.
Eu estava escalando com mais 3 pessoas. Dois garotos e outra menina. Tinha um monstro no cume. Era uma subida íngreme, com graus negativos e em cima um grande platô, com uma floresta. O monstro parecia o Godzila. Ele vinha atrás da gente. Embaixo de onde estávamos subindo tinha água, mas não era o mar. Era como uma grande piscina. Nós conseguimos driblar o monstro várias vezes, se pendurando na corda, trocando de posição, até que pulamos na água. Na água ainda conseguimos despistar ele mais algumas vezes, ele chegou a subir e depois voltou a mergulhar. Eu me escondi em algum lugar, não consegui salvar os outros. Eles foram engolidos pelo monstro. Uma sensação horrorosa se apoderou de mim. Alguns minutos depois, o monstro começou a fazer movimentos como quem está regurgitando e está sentindo muita dor. Imaginei que um dos que foram engolidos estava cortando o monstro por dentro.
Quando vi, eles estavam do lado de fora, mas embalados em alguma pele, como dentro do estômago e havia um corte largo deixando a mostra somente os rostos deles. Cada um bem separado do outro. Eles estavam estáticos. Sabia que estavam mortos.
Eu estava num prédio, num lugar que me lembrava o monstro, apesar de ser um vestiário. Salas muito largas. Tinha alguma exposição de trabalhos da faculdade. Mas o prédio estava meio que abandonado. Encontrei um amigo do colégio ali, mas falei com ele como se nos víssemos sempre. Abri uma gaveta que abria automaticamente as oturas do mesmo móvel e lá dentro tinham partes de giz seco (que serve para humanizar meus layouts) em vários tons. Queria pegar todos. Mas era como se eu estivesse roubando. Peguei alguns só que pareciam repetidos e uns pedaços de outros.
Enquanto escolhia, percebi que o chão estava marcado. Eu sabia que ali ia acontecer uma corrida de F1 e que só iam correr o Airton Senna e o Barrichelo. O Airton era amigo meu. Ele passou do meu lado e eu perguntei se iria atrapalhá-lo aonde eu estava. Ele disse que sim e eu fui para outro lugar. Meu pai foi me buscar. Eu pedi para ele esperar um pouco pq tinha que pegar os giz que eu tinha guardado. Quando voltei, alguém me levou num necrotério. Alguém tinha morrido. Eu não vi o rosto e estava implícito que eu não conhecia a pessoa. Eu estava de chileno e molhei o pé num líquido que escorria do morto. Me deram uma luva e um sabonete especial. Fui tomar banho.
Tinham muitos mosquitos no chuveiro, que eu tentava afogar (como faço às vezes quando estou tomando banho de verdade). Saí. Tinha algum homem que eu conhecia e me interessava. Eu estava de toalha, a imprensa estava do lado de fora para cobrir a corrida. Eu me escondi atrás de divisórias para não ser vista. Coloquei um sutiã, ou algo assim, lindo. Tentava me esconder do meu pai e ao mesmo tempo mostrar para esse homem que me interessava.
Eu tinha saído com um conhecido meu. Tinha ido no Rio Scenarium. Ele voltou comigo para casa. eu estava sozinha. Ele ia dormir aqui, mas foi embora no meio da madrugada. Também não estava dormindo na mesma cama que eu. Fiquei sozinha. Não conseguia dormir. Algo me levou ao pensamento de dinheiro. Vi alguma coisa que dizia que meu pai tinha deixado mais dinheiro para a gente, porém esse dinheiro só ia ser liberado em determinadas quantias e em determinadas datas. Só que uma das datas (a 2a ou 3a) era 2312 (ou algo próximo disso). Eu falei que não iria viver até lá. Forcei falar com uma pessoa que cuidava disso.
Foi aí que o sonho parecia uma pintura do M. C. Escher. Eu peguei um ônibus, que me levou para lugar nenhum, onde tinha uma varanda que para chegar, vc tinha que passar por uns portais com cúpulas. No meio da discussão, o lugar se transformou não lembro quando e eu entrei em outra história.
Era como um vídeo game. Eu entrava e saída de "mundos" diferentes, porém interligados. Algumas dimensões dessas eram numa escala menor. Às vezes eu observava, às vezes vivia o sonho.
Todo o lugar era envolto em água. De todas as dimensões.
Tinha uma "princesa" que gostava de um "príncipe", mas a princesa estava falida. A mãe não deixava ela encontrar com o príncipe e ela saía sozinha. Numa das vezes que ela voltou, a mãe não a deixou entrar em casa e a segurou embaixo d'água, como que para afogá-la.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
sonhado no Rio de Janeiro (outubro, 2009)
Entrava num casebre onde trabalhava. Lá estavam velhos, crianças, adultos. Todos pareciam ter problemas psiquiátricos e eram muito pobres. Depois eu entrava com uma mulher, uma amiga, que levava para apresentar a casa convidando-a para trabalhar comigo. Assim que entrou ela me disse: "Esta sala está vazia, não tem ninguém". Mas eu via todas as pessoas. De repente, como num flash, eu via pelos olhos dela e constatava que realmente não havia corpo algum. Então me tocava que estava trabalhando com espíritos. O mais velho pegava uma espécie de abajour sem cúpula, apenas com a lâmpada, e dizia: "Olha o que eu já posso fazer!" e se metamorfoseava na lâmpada e numa luz amarela. O estranho abajour passava pela mão de todos. Pablo chegava. Dizia que tinha ido trabalhar lá comigo. Ele fazia teatro de fantoches para os pacientes daquele lugar. Eu tirava ele de lá, queria ficar só com ele. Eu tirava ele de lá, queria ficar só com ele.
sonhado no Rio de Janeiro (outubro, 2009)

Eu entrava num túnel íngreme, escuro e frio, com lodo verde escorregadio. O túnel era estreito e não tinha altura suficiente para que pudesse ficar de pé. Era como um grande escorrega. Ele me levava ao centro da terra. No fim da boca estreita do túnel, havia um enorme e profundo lago. Lá morava um hipopótamo gigante. Ele era agressivo e pré-histórico, tentava me morder e sair do túnel a qualquer custo. Eu lutava contra ele, tinha medo. Sergio vinha me ajudar. Nós conseguíamos fechar o túnel com duas portas e assim manter o hipopótamo no lago. Tentávamos subir de volta a superfície. Era difícil e escorregadio. Conseguimos.
Sonho da noite seguinte: Sítio. Um lago enorme, de perder de vista no horizonte, águas verdes e tranquilas. No céu, nas árvores, voando, por todos os cantos, cupidos bebês, peladinhos. Um deles descia pra falar comigo. Para torná-lo humano, eu retirava suas asas, que eram de encaixar, como brinquedo. Era um menino, chamava ele de filho. Depois recolocava suas asas e ele voava novamente. Nas águas verdes do lago, três baleias nadavam tranquilas. Apenas o Sergio estava comigo.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
sonhado no Rio de Janeiro, 2005
Eu, cabeça raspada. Mergulho...
Debaixo d'água piscina, ladrilhos, azul claro.
Me miro no espelho, submerso.
Meus cabelos compridos como algas.