domingo, 26 de setembro de 2010

sonhado no Rio de Janeiro (setembro, 2010)

Faz uns dois dias sonhei que estava abrindo um colchete para um pequeno caminhão passar. [Para quem não sabe um colchete é como se fosse uma pequena porteira, cumpre a função de uma cancela, utilizada principalmente em regiões rurais. Apesar de viver num centro urbano muitas das minhas lembranças reportam os ambientes rurais onde passei parte da minha infância e adolescencia]. Assim que o pequeno caminhão passou (e estava completamente carregado), estacionou um pouco mais adiante e acabou tombando numa pequena ribanceira. O motorista não se machucou, mas amargou o prejuízo. [A moral da história é que fui prestar uma gentileza e acabei testemunhando uma quase tragédia. Fiquei com alguma sensação de culpa. Queria relatar esse sonho pois sonho frequentemente e acho que contando consigo extravasar minhas angustias.]

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

dreamt in Portland OR (USA), 2010

I was in some kind of bar, playing a game like ping pong, or something like that, with a bunch of girls. You arrived. I went outside and sat at a table with you. You said: "I'm forfeiting this". You looked sad. I said something like "be patient". Then I left and was being guided through the streets by two girls (whom I don't know in real life). Each one of them was holding my hand on one of the sides, like young children do. We walked around this small city that seemed out of a picture book: green grass, golden sunlight and a big blue body of water. I said to them: "I know what this is. We are in a dream, you are guiding me through a dream." And I pointed to the cars driving around, saying they were from the 40s. They were all light blue, green, brown, pink. "This is paradise, this is childhood." Then I started crying. Very deeply. Silent tears. "If this is paradise, why am I crying?", I asked. They said that I had to come here to be able to get out of here. And then they led me to this place where I could see across the water. The other side was the present, a big city full of smoke and sort of grimy. I felt sad that all had reached this point of destruction. That human kind had to be so ignorant. "Doesn't anybody see this?", I thought. I woke up.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

sonhado em junho de 2010

Vomitava muito. Como um cano aberto saindo da minha boca. Depois desenterrava minha cachorra morta. Ela aparecia cheia de terra, musgos e vermes no meio de seus pêlos dourados.
Em seguida apareço vestida de noiva numa festa. Me sinto perdida, não sei porque estou vestida assim. Tento entregar um bilhete e fazer anotações solicitadas pelos meus pais no meio da confusão de pessoas. Tropeço e caio no colo de um homem. Entendo que ele será meu marido. Entendo que aquela é a minha festa de casamento. Coloco cinco docinhos em cima de uma mesa e penso: "que festinha chinfrin, só tem cinco docinhos...". Uma mulher negra aparece e me manda olhar para trás. Atrás de mim está uma cozinha enorme, com uma jardim todo preparado. Ela diz que tudo está pronto, só eu que não tinha percebido.

terça-feira, 6 de julho de 2010

sonhado no Rio de Janeiro (junho, 2010)


Estou numa casa em cima de uma colina, vejo uma cidade abaixo que não é a minha, a cidade parece só ter casas. A casa em que estou é antiga, branca, bem conservada, estou no jardim. Sinto que tenho que sair, mas estou sendo vigiada. Quem me vigia é um senhor, parece um índio americano, moreno avermelhado, com cabelo preto comprido, ele usa uma camisa abotoada calça jeans e botas.
Consigo sair da casa, existe uma urgencia enorme em chegar em casa, algo vai acontecer, preciso encontrar meus parentes, meu pai, minha mãe e minha irmã. Chego em minha casa, que é um prédio. Tudo muda, subimos no terraço. Lá de cima vemos esferas luminosas (parecem incandecentes) descerem do céu lentamente. O céu está claro, é uma cena bem bonita, como se fossem várias miniaturas de sol descendo ao chão, sem causar nenhum dano. As esferas param um pouco acima do chão, flutuando, são de um amarelo intenso. Podemos ver várias dessas esferas, o prédio é alto, a cidade é baixa. O dia está escurecendo. O sonho acaba.

domingo, 4 de julho de 2010

sonhado no Ceará


“Vista-Canadá”


Sonhei estar de passagem por Quixadá, para ver a Pedra da Galinha Choca, que estava por cima de algumas pedras a mais do que realmente está. Ouvi dizer que, ao subir em tal Pedra, poderia, quando estivesse ao seu cume, avistar o Canadá. Comecei a minha jornada, notando a estranha beleza da vegetação do lugar. À medida que eu andava, comecei a ver, nos telões espalhados pelo caminho, algumas pessoas que pareciam estar em viagem; algumas andando e outras correndo. Vi que onde estavam, a vegetação tinha uma correspondência, ainda que distante, com a que eu via ali, no inicio da minha aventura. Depois de algum tempo de caminhada passei a notar que a vegetação se assemelhava, cada vez mais, àquela que via nos telões; pedregosa, com algumas árvores desfolhadas. Algumas pessoas começaram a passar, em sentido contrário ao meu, e percebi que eram as mesmas que acompanhava há algum tempo, pelos telões. Meu guia indicou que seria melhor nos escondermos em um bar encravado nas pedras, para não sermos confundidos com eles, que eram imigrantes ilegais mexicanos. Passou o perigo. O guia apontou para a frente. Avistei algumas montanhas do Estados Unidos e, mais embaixo, um rio que separava a Pedra, daquelas montanhas vermelhas. Estava na metade da subida. Acordei.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

sonhado no Rio de Janeiro (junho, 2010)



Eu estou numa bolha flutuando no meio do espaço sideral. Estou conversando com algo muito muito grande. É uma coisa tão grande que só consigo ver uma curva como se estivesse flutuando em cima de um planeta imenso. Estou segura na bolha, e a coisa na verdade é um dragão. A única frase que lembro é "Fogo solar", tudo fica branco e o sonho acaba. É tudo muito tranquilo. Não há medo ou angústia.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

sonhado no Rio de Janeiro (junho, 2010)



ARCA DE NOÉ DE GENTE

Mais um sonho com ele. Estávamos, com outras pessoas, numa barca. Ele era o capitão – usava, inclusive, um chapéu tipo cap, e conduzia a embarcação. Ficava mesmo no timão, e dali dava as ordens. A barca parecia uma casa. Era grande e tinha um salão enorme no centro, com chão de tábua corrida. Não lembro das pessoas que estavam `a bordo mas me sentia inteiramente `a vontade com elas. Lembro apenas dele, e de mim. Eu me sentia segura e não me importava o destino da barca. Era como se estivéssemos numa Arca de Noé, mas ao invés de bichos, levássemos pessoas.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

sonhado no Rio de Janeiro (junho, 2010)

Eu passava por uma fila enorme de gente querendo entrar num estádio de futebol, eu estava num carro eu acho, ou de bicicleta, ia mais rápido que as outras pessoas, na direção contrária à da fila. Aí eu vi o Saramago na fila, esperando, e gritei pra ele, de longe, que ele "vai fazer muita falta pra gente". Ele deu um tchau meio de longe, simpático.

quarta-feira, 16 de junho de 2010


Festa: encontrei o Bernardo completamente surtado. Ele quebrou uma garrafa de vidro e tentava bater em outras pessoas. Levava o Bernardo para minha casa.

Eu e João estávamos juntos, apaixonados. Eu me sentia feliz e em paz, segura. Alguns amigos apareciam. João nos levava para conhecer a próxima casa onde passaríamos a nos encontrar. Chegando no portão, um velho disse que queria alugar um quarto e entrou na casa com a gente. A casa era enorme, como um condomínio. Cada porta dentro da casa era um espaço gigantesco onde haviam atelies, aulas de pilates, consultórios... as casas-quartos eram lindas, bem decoradas e tão grandes que não podíamos enxergar o final. Todas estavam mobiliadas, sabia que eram usadas, mas não havia ninguém naquele momento.

De repente muda a tudo. Estou num aeroporto com grandes corredores e escadas rolantes. Tento fugir de pessoas de um antigo colégio que me perseguem. Me sinti angustiada mas tinho certeza que iria conseguir fugir.

Novamente apareço com João. Sentimento de paz e felicidade. Estávamos abraçados num ônibus indo para Búzios. Bernardo, o surtado, estava no ônibus também. Chegamos e ficamos numa casa linda. Eu e João andamos por praias até chegarmos numa praia que eu deveria seguir caminho sozinha. Cercando a praia tinha uma encosta de mata atlântica. Havia no começo da encosta um elevador ou bonde, como o bondinho íngrime do morro dona marta. Começava a subir junto com uma velha, que era quem deveria me acompanhar nessa viagem. Quanto mais subíamos, mais densa a floresta se tornava. A cada andar que parávamos encontrávamos uma casa abandonada. Até que entendi que procurávamos uma casa. Quando chegamos na casa que buscávamos, descemos. Por dentro a casa estava com móveis e eletrodomésticos antigos. Uma casa desabitada há muito tempo. A mata e a casa se misturavam. Do lado de fora tinha uma piscina de água natural imensa com um trampolim. Enquanto observava a piscina, vi um urso marrom nadando, era um macho. Ele saiu da piscina pelo trampolim e veio em minha diração. De dentro da mata sairam mais três ursos. Era uma família de ursos. Era isso o que eu procurava. De repente, saiu da mata um cavalo, aparentemente fraco e raquítico, mas era muito forte, parecia um pônei. Era o que a velha procurava. Ela montou no pônei. Eu desci com os ursos, alguns momentos pela mata outros pelo elevador. Saímos todos juntos. A velha seguiu seu curso montada no pônei, sozinhos na estrada de terra. João me esperava. Sentimento de felicidade. Acordei sorrindo.

Anadava por uma paisagem meio campo meio cidade com meu cachorro que já morreu. Segurava ele pela coleira. Achava estranho pois meu cachorro nunca andou de coleira. Junto conosco anadava uma mulher que eu não conhecia, mas ela me conhecia. Achava estranho novamente. Com a mão esquerda eu segurava uma varinha, uma espécie de varinha mágica. A ponta da varinha vibrava loucamente, em círculos e de um lado para o outro sem parar. Pela vibração da varinha compreendi que estávamos em outra dimensão.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sonhado no Rio de Janeiro (junho de 2010)


Estava em uma casa do interior, numa fazenda, sabia que aquela era a minha casa. Havia uma serpente gigante com três corcovas passeando dentro de casa a procura de uma vaca. Ela passava pelas pessoas da casa, mas não mordia ninguém, ela queria apenas morder a vaca. A minha avó, uma velhinha que eu nunca vi, mas sabia que era minha avó, protegeu a vaca. Vestiu a vaca com suas roupas e a colocou deitada no sofá vendo televisão. Dessa forma, a vaca ficou com o cheiro da vovó e despistou a serpente. Mas a serpente, não encontrando a vaca, começou a se irritar e a me procurar. Eu fugia desesperadamente dela e ela vinha atrás com a boca aberta, agora eu era sua futura presa! Entrei no chuveiro, tranquei a porta. Fui tomar banho. Encontrei um escorpião no meu braço. Aaaaaahhhhhhhh! Dei um berro. Uma mão mágica simplesmente apareceu e tirou o escorpião de mim. Não lembro o que aconteceu com a serpente.

Sonhado no Rio de Janeiro (14 de junho de 2010)

Grande pesadelo: Eu tive um surto. Uma força descontrolada tomou conta de mim. Tentei controlar mas era impossível. Me assustei, não sabia de onde vinha tudo aquilo. No play do antigo prédio do meu pai eu gritei e disse coisas sem nexo. Estava completamente fora d emim. Minha mãe e meu padrasto apareceram na varanda. Podiam reconhecer o meu surto. Me abraçaram com força, para me controlar. Aos poucos, os surto foi passando. Estava muito assustada, senti realmente algo maior, eu não tinha controle algum.
Muda tudo. Outro grande pesadelo: Muitos homens grandes e maus, alguns fantasiados, outros eram estrangeiros, vinham atrás de mim. Havia uma fantasia enorme de monstro. Muitos homens estavam dentro dessa fantasia, empilhados uns sobre os outros, como uma pirâmide de circo. Eram fantasias teatrais, mas eram usadas como símbolo de guerra.
Eu pulava uma grade enorme para fugir. Do outro lado da grade, encontrava uma piscina. Mas não adiantou nada. Os homens eram grandes como monstros. Envolta d apsicina, o cenário era d econfusão e briga. Até que um deles, um homem enooormeee, muito gordo, branquelo, careca, sem camisa, cheio de banhas mole, me derrubava na borda da piscina e tentava me estuprar. Seu pau era muito fino e muito longo, parecia uma salsicha gigante. Eu me debatia. Meu pai tentava me livrar do homem-monstro, mas ele era grande demais. Eu me debatia, uma luta.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

sonhado na Isla del Sol, Bolívia (fevereiro, 2010)



Sonhei que eu era vampira. De repente eu adquiria meus poderes especiais no meio da viagem e ficava linda. As meninas sentiam inveja de mim, mas eu sentia medo, e coragem. Tinha que destruir vários monstros e voava muito alto por cima do Titicaca. A noite parecia tranquila no início, mas depois começaram os raios, o barulho da chuva, os fogos da festa de 2 de febrero e pessoas cantando lá longe. Eu me sentia muito bem, apesar do frio. Já não sei o que é sonho e o que é realidade. Acordei com pessoas bêbadas cantando perto da janela do meu quarto e fiquei com medo de verdade.


quinta-feira, 27 de maio de 2010

sonhado no Rio de Janeiro (maio, 2010)

No sonho, eu acordei e vi, pela primeira vez, ao lado da minha cama, um par de botas vermelhas. Elas claramente pareciam ter sido bastante usadas, pois seu coro tingido de vermelho já continha arranhões, sujeira, bem como a forma que o próprio pé vai imprimindo com o andar do tempo. Enfim: a forma que o pé imprime ao andar, com o andar do tempo. Movido por uma intuição, resolvi experimentá-las, e eis que elas entravam no meu pé como uma luva! Parecia que sempre tinham sido minhas! Eu, que sempre preferi usar sapatos discretos, agora, de uma hora para outra, me via calçando essas botas vermelhas!


quarta-feira, 26 de maio de 2010

sonhado no Rio de Janeiro (outubro, 2004)

...seus olhos brilhavam de fome...ela, enorme que era, vinha em minha direção e por vezes tentou me abocanhar...havia sido escolhido para ser sua próxima refeição...

...estávamos num lago gigantesco, água cristalina, rodeados ao longe por montanhas verdes e porções de terra exalando natureza; pássaros em suas mais belas espécies, davam um espetáculo à parte, com seus vôos magníficos, nos gracejando, nos dando boas vindas. Estava num barco não muito grande, com minha amiga C., filmando toda aquela paisagem encantadora, cada momento que me impressionava. Na outra embarcação, não muito distante dali, estava M., manejando uma câmera profissional, auxiliado por um desconhecido. Podia ver uma luz forte saindo de sua câmera, iluminando à distância a porção de terra mais próxima dali. Foi quando avistei movimentos de animais maiores nesta terra; um grupo de leoas, aparentemente famintas circulavam pelo local. Precisava daquela cena. Avisei a M. que me aproximaria dali para tentar captar imagens melhores. Mas algo estava estranho. Conforme ia me aproximando mais, sentia o barco indo mais rápido, como se alguma correnteza me puxasse. Não sei como, mas C. não estava mais ali naquele momento; era tudo confuso, os felinos estavam tensos, e a esta altura já estavam muito próximos uns dos outros. Uma fumaça de terra levantada pelos mesmos deixava a imagem o menos nítida possível e, foi nessa hora que percebi que a tal correnteza me levava a um precipício. Teria que pensar rápido, pois o fim da linha estava muito próximo e, minhas opções muito escassas. Determinado momento, percebi que o barco batia com seu fundo em possíveis pedras; estava numa parte rasa, tentei guiar a embarcação para a esquerda, onde percebi que a maioria das pedras estavam. A esta altura, avistei um rochedo próximo ao precipício e, pouco mais para a direita do precipício, estavam os felinos alvoroçados, famintos talvez; ainda não conseguia ver o que eles faziam. Saltei do barco e auxiliado pelas pedras pude guiar-me até o rochedo. Subi até a parte menos baixa, apenas para não ser levado pela correnteza, e ali me estabilizei. Vi, com angústia, meu barco indo precipício abaixo, não tinha noção de sua altura, sabia apenas que seria mortal. Não tinha mais minha câmera, não sabia onde estava C., não sabia como encontraria a outra embarcação e muito menos como sairia dali. Porém, algo muito mais expressivo me tomou o olhar no momento...a poeira que se abaixava e algo que tentava sair dentre os leões; um filhote ou algum animal capturado, ou uma zebra desesperada. Uma presa fácil para aquele bando de selvagens, carnívoros imperdoáveis...por alguns segundos, de quando em quando, podia ver a pequena zebra erguer sua cabeça, tentar se desvencilhar da garras garras ferozes e da fome dos felinos... Olhava para mim, a meia distância, suplicando por ajuda e, eu que achava que estava em situação difícil, agora percebia que ela não duraria mais que alguns segundos; e realmente não durou. Por algum tempo fiquei com aquela cena em mente. Na melhor filmagem mental de todos os tempos. Estava pasmo. Algo me dizia que o pior ainda estaria por vir. Aqueles felinos gigantes não estavam satisfeitos, queriam mais, queriam algo diferente, queriam a mim. A leoa, provavelmente a rainha daqueles seres enormes olhou por alguns momentos em minha direção. Ela parecia maior que antes, muito maior. Talvez ela quisesse agora alimentar seus filhotes, talvez, quisesse apenas a sobremesa. Mas aproximou-se e, como nunca imaginaria, vi aquele felino crescer, tomar proporções assustadoras, tornar-se uma montanha de dentes afiados diante da impossibilidade de me mover. Rugia fortemente, enquanto sua família só observava. Tentou por vezes me alcançar com sua enorme pata, não iria desistir. Minha sensação era a pior possível, talvez, se tivesse continuado no barco, teria tido uma queda livre mais alucinante, talvez tivesse ido parar em algum paraíso de animais menos truculentos ou diria, menos famintos. Agorava por alguns últimos instantes de vida, quando algo sobrevoou o lugar que estava. Olhei para cima e vi um algo tipo um dirigível, um grande balão; uma corda extensa sendo arremessada para baixo e pessoas gritando. Parecia um sonho aquilo; poder sair dali? Quem poderia tentar me salvar, ou conhecer meu paradeiro naquele momento? Não quis saber, esperei o máximo que pude, contive-me com todas minhas energias, encolhendo-me naquele pequeno pedaço de salvação, até que a corda veio e, sem pensar, saltei a segurá-la com unhas e dentes, literalmente. Estava fraco, com medo, mas a salvo. Puxaram-me até onde estavam, meus amigos, C., M. e algumas outras pessoas que não recordo. Lembro-me apenas de falarem para não respirar ali, para entrar junto com os outros com a cabeça dentro de um compartimento especial de respiração; tudo havia saído bem ...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

sonhado no Rio de Janeiro (maio, 2010)

Eu estava em uma espécie de clube, ou salão de festas, em meio a muitas pessoas desconhecidas. Começou um campeonato de saltos para trás - quem saltasse a maior distância ganhava. Entrei na competição por brincadeira. Acabei vencendo. era preciso estar de camisa vermelha - e eu estava. Os vencedores do campeonato de pular para trás eram automaticamente escalados para participar de uma corrida. Eu não queria participar da corrida, porque não sou boa nisso. Tentei argumentar que saltar para trás e correr não têm nada em comum. Para participar da corrida, era preciso vestir uma camisa rosa. Como eu não tinha camisa rosa, me emprestaram uma blusa bem fina, que, sobreposta à camiseta vermelha, dava um efeito cor-de-rosa a ela. Tentei praticar uma vez o circuito da corrida (que, na verdade, era basicamente o cruzamento de uma avenida parecida com a Presidente Vargas), mas só o treino já me cansou o suficiente para desistir da prova.

quarta-feira, 19 de maio de 2010


Um grande planetário sem cúpula, sem lunetas, planetário aberto, alto e muito perto do céu.
Beleza e susto. Tinha noção da grandeza do universo, pois podia ver as estrelas e constelações quase ao meu alcance.
Sabia reconhecer as constelações e via linhas finas entre elas.
Me vi de frente para as Três Marias.
Elas estavam enormes e lindas. Um cometa rasgava o céu no espaço entre uma das três estrelas.
Acho que tudo parecia grande porque eu estava perto.

terça-feira, 18 de maio de 2010

sonhado no Rio de Janeiro (maio, 2010)


Na festa encontrei uma amiga, que era, ao mesmo tempo, a Maíra e a Bebel. Uma e outra, uma e outra. Chorava. Dizia que não aguentava mais tudo aquilo. "Vamos lá pra casa." Já bastava todo aquele sofrimento. Na saída passamos por uma sala cheia de redes enfileiradas, lembrei do Ceará. As redes estavam cobertas de teias de aranha e poeira. Eu guiava. Todas aquelas lágrimas. Saímos com cuidado.

domingo, 16 de maio de 2010

sonhado no Rio de Janeiro (fevereiro, 2004)




Visto um casaco negro de pele, pomposo, lustroso. Estou no Parque Lage onde vai estrear a nova peça da Camila. Encontro com o Glauco e o Roberto e a gente tenta pintar uma gravura colorida, usando pigmentos do lugar, principalmente musgos. O Glauco põe a gravura dentro de uma poça de água e a tinta sai. Digo que submerso em água o trabalho não caminha. Mas por trás dos pigmentos que vão diluindo-se, vejo outro desenho, meio gasto e ao mesmo tempo luminoso. "É o trabalho do tempo", digo. "Presta atenção, algo está surgindo".

sonhado no Rio de Janeiro (maio, 2010)


OS AMANTES QUE VIRARAM PEIXES

Quando ela chegava na piscina, ele já estava dentro d’ água. A piscina não era grande, era retangular e tinha vários trampolins ao redor. Ela subiu no primeiro trampolim, queria mergulhar de cabeça. Ele disse que não, que a piscina era rasa. Então ela desceu para a beirada, queria, ainda, mergulhar de cabeça. Ele disse que não, que a piscina era muito rasa. Então ela entrou devagar. Primeiro os pés, depois as pernas, a bacia, o tronco, a cabeça.

Quando ela se viu dentro da piscina, ele já não estava mais na superfície. Então ela respirou fundo e mergulhou. Viu a mancha do corpo dele do outro lado e nadou em sua direção. Os corpos se encontraram e, ali, debaixo d’ água, deram-se o mais doce dos beijos. Macio como a pele de seus corpos. Embora embriagada por tal amor, ela temeu perder a respiração, mas as carícias continuaram e ela não sentiu falta de ar.

E ali ficaram, por muitas horas, como peixes, se amando debaixo d’ água. Mas seus corpos continuaram humanos, com a diferença de que podiam respirar debaixo d’ água.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

sonhado na Lapa, Rio de Janeiro (maio, 2010)


Tenho sonhado com A Alegria Filme todos os dias. De ontem pra hoje, sonhei que na cena em que César fuma na janela ele via os prédios da cidade inteira com imensos trepa-trepas e aqueles brinquedos tipo pontes curvas onde se passa segurando firme, enfim estruturas de metais gigantescas onde a população escalava e se pendurava para ir de um lugar a outro. Cortava a cena e como tem sido nos outros, o Felipe Bragança vinha me abraçar. Eu mostrei os brinquedos gigantes pra ele. Como vocês fizeram isso? E o Felipe sorriu doce e me mandou pro quarto pra só voltar na despedida com minha filha. Lembro de pensar. Deve ser computação gráfica.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

sonhado no Rio de Janeiro (maio, 2010)

Sonhei que eu estava em um terracinho com o meu bad romance (GAGA, Lady). Eu pegava um saquinho plástico e entregava pra ele dizendo que era o meu coração, mas na verdade parecia um bife de fígado. Ele pegava, jogava sal e ficava rindo do meu coração se contorcendo e murchando. Depois ele jogou meu coração na churrasqueira e foi tomar uma cerveja. Esqueceu, óbvio, e meu coração queimou. Aí o viado pegou e jogou pro cachorro comer. E eu estava lá sentada bebendo uma Antarctica... observando e deixando ele fazer tudo isso. Depois que o cachorro levou meu coração carbonizado, eu levantei e torturei o bofe violentamente. Acordei, virei pro lado e bati nele só pra me vingar.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

sonhado no Rio de Janeiro (abril, 2010)


Perdi dois dentes. Numa mesa de bar ao ar livre, com um amigo. Nem sei se mastigava algo quando aconteceu. Sinto algo quebrado na boca. Enfio o dedo e tiro um dente grande, branco. Seria um pré-molar, mas era maior, talvez por ter saído inteiro, com a raiz. Dentes têm raiz. Meu amigo olha sem entender direito o que tenho na mão. Oculto rapidamente, sem deixar que ele distingua o dente. Ao lado do vazio do dente extraído, algo mole. Meto de novo a mão na boca. Dessa vez tiro o dente sem que o amigo perceba. Mas logo chamo sua atenção:
- Perdi dois dentes.
Algo mórbido, alguma tristeza no ar.


quinta-feira, 6 de maio de 2010

Sonhado em São José do Hortêncio - RS (abril, 2010)

A Guerra

Eu estava junto de vários soldados brasileiros. Eu era um deles também. Estávamos na guerra, aguardando uma batalha. Todos estavam preocupados e aflitos, pois o inimigo estava a caminho. Estávamos no meio da II Guerra Mundial aliados aos EUA. Eu não sabia quem era o inimigo para quem nos preparávamos. Possivelmente os alemães. De qualquer jeito eu estava com muito medo. Eu olhava para os soldados ao meu redor e não via ninguém conhecido. Mas em todos eu via a conhecida face do medo. Todos pareciam já conhecer o inimigo e o temiam muito.

O lugar

O lugar onde aguardávamos a batalha era uma base militar construída a poucos dias antes. O local era grande e aberto, dava para ver o céu cinzento coberto de nuvens cinzentas e a terra vermelha e molhada por onde as máquinas que limparam o local haviam passado. Ao redor havia uma grande floresta, de vários quilômetros de extensão, possivelmente a Amazônia. Na base militar havia várias construções militares e depósitos enormes. Uma área aberta com possíveis 500.000m2 no coração da floresta.

A preparação

Todos já estavam apostos. Pareciam já saber de que lado da floresta o inimigo viria. Logo procurei um lugar para mim de onde eu estivesse protegido e pudesse atacar. Deitei-me atrás de um barranco e apoiei minha metralhadora por cima dele, como numa trincheira. Estava pronto para atirar.

O ataque

Logo ouvimos barulhos vindos da floresta 250m à frente. Segurei firme minha metralhadora e apontei para a floresta. Eram eles! Os inimigos eram soldados alemães. Usavam fardas e armas muito avançadas para aquela época. Estavam equipados como os soldados norte-americanos na guerra do Iraque. Porém algo estranho estava acontecendo. Ninguém atirava. Olhei para o lado e os soldados estavam com os braços levantados. Estavam se rendendo. Fiquei muito irritado com isso, porém logo entendi o porquê quando olhei para a floresta ao redor e vi que eles saíam de todos os lados da floresta. Os alemães haviam nos cercado sem que ninguém percebesse eles chegando.

Os prisioneiros

Os alemães deviam ser cinco vezes o nosso número. Logo todos os soldados brasileiros estavam sendo trancados nos enormes depósitos. Seríamos prisioneiros de guerra deles. Eu sabia da possibilidade deles nos matarem com gás dentro daqueles depósitos. Então, numa tentativa desesperada de sair antes que fechassem as enormes portas, eu fui ao encontro do soldado alemão que estava fechando a porta e disse: “Por favor, ao menos deixe eu me despedir da minha família”. Ele nem olhou para mim. Parecia ter ignorado o que eu falei, mas me deixou sair.

Uma chance

Assim que saí do enorme depósito percebi que todos os soldados alemães estavam tão ocupados e atarefados – possivelmente planejando o próximo ataque – que não me viram saindo. Eles pareciam conhecer aquele local, pois estavam muito bem organizados. Logo percebi que o uniforme deles era muito parecido com o que eu havia ganhado, com exceção do capacete e do brasão de armas preso a minha roupa. Rapidamente arranquei o brasão da minha roupa e o joguei num valo junto com meu capacete. Agora eu tinha uma pequena chance de sobreviver. Eu planejava passar despercebido por meio dos alemães que ali se encontravam e mais tarde me infiltrar no grupo deles.

Frieza

Eu caminhava no meio dos soldados alemães. Todos tinham tarefas a concluir. Alguns me olhavam estranho e outros nem me percebiam. Logo a frente um general que supervisiona as atividades dos soldados me viu e olhou irritado. Minha esperança era manter a calma e torcer para que ele não tivesse me reconhecido como soldado brasileiro. Ele veio em minha direção e disse: “Que esta seja a última vez que você perde seu brasão.” Ele olhou para um baú ao lado e retirou um botão de ferro no o formato da suástica, de cor preta com a borda prateada. Em seguida o prendeu na minha roupa e ordenou para que eu continuasse meus afazeres. Ele havia me confundido com um soldado alemão. Imediatamente fiquei aliviado, pois agora eu teria grandes chances de me infiltrar. Logo continuei caminhando sem saber ao certo para onde ir e o que procurar.

Amigo

Minha caminhada me levou a um tipo de celeiro. Lá vi que alguém estava tentando se esconder. Corri para dentro e para minha surpresa encontrei meu amigo Carlos. Ele disse ter se escondido dos alemães quando eles chegaram, pois sabia que poderia morrer nos depósitos onde os outros soldados estavam presos. Senti-me muito aliviado em ter a ajuda do meu amigo. Agora eu tinha fé de que tudo daria certo.

Confiança

Na saída do celeiro um sargento e um soldado alemão nos viram. O Carlos ainda estava com roupas de soldado brasileiro. Olhei para o Carlos e disse: “Fica tranqüilo eu tenho uma idéia”. Joguei o Carlos no chão e o levantei pela gola da farda bruscamente olhando para eles. O sargento de uns 50 anos, olho azul claro, veio em minha direção e disse: “Dê a ele o que ele merece!”. Levei meu amigo para trás de um muro de concreto e fingi estar chutando ele. O sargento já ia embora quando o soldado desconfiou da minha cena e veio para olhar atrás do muro. Quando o soldado alemão saiu da visão do sargento atrás do muro, o Carlos pegou-o e começou a encher de socos. Enquanto isso eu fingia que o soldado alemão batia no Carlos. O Carlos só parou quando o soldado alemão ficou desacordado. O sargento vendo que seu soldado não saiu de trás do muro veio em minha direção para olhar o que aconteceu. Tentei enrolar ele, mas não consegui. Ele passou reto por mim e quando chegou atrás do muro viu um soldado desacordado com farda brasileira deitado de bruços com o rosto enfiado na lama da terra vermelha. O sargento olhou para o outro soldado e este com a farda alemã, estava de costas caminhando na outra direção. O sargento caiu no truque! Carlos havia trocado de roupa com o soldado alemão. O sargento se virou para mim com uma expressão de confiança e de “bom trabalho soldado” e foi embora.

Infiltrados

Assim que o sargento se foi atirei no soldado alemão deitado no chão para matá-lo. O Carlos veio em minha direção sorrindo. Naquele momento eu estava aliviado, pois sabia de que tudo daria certo daí para frente. Agora éramos dois infiltrados e eu sabia que tínhamos plenas condições de decidir aquela guerra. Tudo era uma questão de tempo para os alemães caírem. Um sentimento de orgulho e confiança tomou conta de mim.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

sonhado no Rio de Janeiro

Chegamos num hotel que eu já visitara outra vez em sonho. Em copa, mas num canto arborizado do bairro. Hotel antigo, com algo de misterioso. Quem estava comigo agora? O que buscávamos? Perguntamos pela piscina, e nos indicaram. Estranho ter piscina num hotel daquele. Alguém disse que os contraventores gostavam de fazer festas ali. Tinha um quintal que parecia de casa, gramado, uma pequena piscina ao fundo. Um cachorro que eu não via mas sabia estar ali. Tirei a camisa preta, estava molhada de suor. Olho bem as manchas da umidade no tecido preto algo gasto pelo tempo e pela máquina de lavar. Toca o telefone e acordo com essa imagem.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

sonhado no Horto, Rio de Janeiro (abril, 2010)


Estava num navio. embaixo de um navio. Um navio gigante. Eu nadava, e cada braçada me levava para muito longe, para além do tamanho dos meus braços. Paro, olho pra trás, e vejo como estou longe do navio. Começo a braçar de volta. O bote do lado do navio me espera. Entro num barco menor que o navio e maior que o bote. A brincadeira lá dentro é dançar madonna. É uma brincadeira de imitar o outro. Uma amiga está vestida de gato, mas o carnaval já passou. Outra amiga faz festa com o gato, que é uma fantasia meio estrutura-meio caixa, um gato quadrado, uma cabeça de gato meio tv. Era no meio de um corredor que estava nos levando para um outro ambiente do barco-navio. Meu despertador toca.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

sonhado em Sobral, CE (abril, 2010)

Eu estava deitada com a cabeça apoiada no colo do meu atual namorado. Conversávamos distraidamente com alguns amigos, dentre eles, um antigo affair que já não vejo há mais de um ano e uma amiga próxima (ela, estranhamente, usava seu corte de cabelo antigo, longo, inteiro).

Lembro que comentei sobre outra amiga, mas de maneira que me comparava a ela e me depreciava. O antigo affair e a amiga-de-cabelo-antigo rebateram meu comentário o que me deixou enlouquecida de ódio. Comecei a gritar com ela, falei coisas horríveis, ofensivas, obscenas as quais ela me respondia na mesma medida, enquanto se afastava e sumia. Praticamente não havia cenário, era tudo muito branco e claro.

Senti remorso por minha irritação, mas estava com muita raiva dela. Procurei pelo antigo affair e o encontrei em um quarto, deitado numa cama de solteiro, semi-sorrindo pra mim. Pedi desculpas e ele sorriu e pediu que eu me deitasse com ele. Assim o fiz. Deitei a cabeça em seu peito e um sentimento carinhoso de segurança me tomou.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

sonhado no Rio de Janeiro

um de nós atirou
(entreolhares)
vergonha rubra escorrendo pelo bueiro

sábado, 3 de abril de 2010

sonhado no Rio de Janeiro (janeiro, 2008)

Estava eu no terraço da minha casa, conversando com uma de minhas tias. Era final de tarde. Nesse momento, ela diz: "Olha quem está vindo ali". Era a Isabel Filardis, a atriz, no quintal da casa ao lado, que dava para ver muito bem de onde estávamos. Ela estava acompanhada de mais alguns homens. Minha tia então gritou: "E aí Isabel, o que tá fazendo por aqui? Ela respondeu: "Não posso falar, Cristina, e acho melhor vocês entrarem, o que está para acontecer não é muito agradável." Fingimos fazer o que ela pediu, mas a curiosidade foi maior e ficamos escondidas, vendo o que de não muito agradável iria acontecer. Nesse momento, um grupo de umas dez crianças saem da casa do vizinho e são colocadas de cara para um dos muros. Isabel e os homens tiram armas de seus bolsos e simplesmente atiram nas crianças. Sem hesitar, sem sofrer. Os corpos ficam ali, no chão, e eles vão embora como se nada tivesse acontecido.

Obs.: Por mais sem noção que seja, esse sonho me fez chorar. E até hoje mexe comigo. E devo deixar bem claro: nada contra a Isabel Filardis, não sei porque justamente ela fez parte do meu sonho.

sonhado em Itabirito, Minas Gerais























Não me lembro exatamente como, mas eu e uns amigos encontramos duas pedras enormes de diamante, o tamanho era mais equivalente a uma caixa de sapato, cada uma. Lembro -me da dificuldade para carregar, e do pensamento que afixou na mente e de lá nunca mais saiu: "esconda isso, não confie em mais ninguém, eles vão querer tomar o que é seu!". Então as duas pedras de diamante se separaram, numa cidade pequena e conservadora de certo modo. Por um tempo era possível mantê-la a salvo, mas curiosos chegavam depressa e se metiam onde jamais seriam chamados. Me lembro de duas memórias nesta fase, uma delas era sobre a própria história da cidade, que era assombrada por uma guerra entre 2 líderes muito poderosos. Tal guerra havia separado a cidade no meio, e as pessoas obviamente não gostavam disso. A ideia de num novo conflito me era interessante, mas pensando racionalmente estava totalmente fora da minha realidade. Outra coisa que me passava muito pela cabeça era: "pegue sua parte e vá embora, o mais rápido possível!". Mas como poderia eu separar uma lasca em um diamante, a rocha mais resistente do mundo? Quando a pedra foi encontrada, havia uma turma de umas 9 pessoas ou 8. Tal turma foi dividida em duas e cada metade seguiu em uma direção com uma pedra, e um objetivo confuso. Foram dias marcados na minha vida por extrema preocupação de proteger o novo bem, mesmo que isto custe várias amizades. Eu tive que aprender a mentir, embora não diria que tive sucesso, funcionou por um tempo. A outra turma, em posse do outro diamante estava fazendo de tudo para botar as mãos na minha preciosidade. Eles diziam, e até acredito na intenção - mas não nos futuros atos, que queriam unificar a riqueza para evitar o conflito. Nesta turma estavam membros de famílias originadas da cidade, com larga historia de antepassados nascidos, criados e consumidos pela cidade. Minha casa mais parecia um cativeiro. Desconfiava de qualquer ruído do lado de fora, apenas pessoas de extrema confiança entravam, com estas eu podia contar, meu irmão e meu primo. Os outros que eu gostaria de convidar eram justamente os membros do outro grupo. Até que um dia pessoas começaram a entrar e entrar, a casa virou uma festa, literalmente. Um bom tempo havia passado, muitas mentiras contadas e as pessoas já chegavam a pensar que toda aquela precaução era a própria mentira, como se nunca tivesse existido a 2ª pedra (assim era chamada, pois a primeira estava em posse da cidade, em termos. Nas mãos do líder exclusivamente, mas todos sabiam que dali não sairia, e por isso estava segura). Na minha casa havia um presente feito pouco antes da separação das pedras. Um amigo havia feito uma cruz e a pendurou virada para baixo na varanda. Todos sabiam que aquilo era uma brincadeira, e um presente inocente. Tal presente permaneceu lá e não era invejado por ninguém. Era uma cruz de mais de 1 metro, feita de diamante. No dia em que a casa estava em festa, algumas pessoas localizaram a grande pepita de diamante, enquanto outras horrorizaram-se com o crucifixo invertido, como se este representasse o demônio. Nos meus sentimentos essa representação só era válida na mente dos que representavam. Mero simbolismo mal interpretado. E foi na mesma e já calada noite que eu e os mais próximos fomos embora. Carregando com certa dificuldade nosso grande e precioso tesouro. Voltando no tempo lembrei me da falta de destreza que eu tinha ao tentar acompanhar meus amigos. Lembro-me claramente de uma ocasião em que subimos numa casa em construção para sentar ali no alto, onde os pedreiros faziam a pausa para o lanche. Era um lugar interessante, com visual bonito e ficava no alto da construção. Quando tentei me acomodar acabei derrubando toda a plataforma, meu primo se segurou sem problema e lá permaneceu. Eu caí de lá do alto, mas não houve machucado nem lembrança da queda, e lá embaixo comecei a juntar a bagunça, e a tentar bolar um plano para subir novamente. Meu irmão subiu lá sem problemas e lá ficou. Passou uma sensação de que a pedra deveria ser nomeada posse do meu primo, por suas capacidades. E então ele deveria ser declarado como um rei e daí o seguiríamos. Seria perfeito, mas este meu primo parecia não ter muita inteligência para governar. Sua mente funcionava muito instantaneamente e fluía com leveza sem armações, como um rio. Um rio não governa, montanhas governam. De volta no tempo, estávamos agora viajando, eu, minha esposa, meu irmão e mais algumas pessoas, homens e mulheres. Paramos num hotel muito apertado e lá ficamos por um tempo. Comecei a me enciumar de minha esposa por ela estar em contato tão próximo com outras pessoas. Aquilo não me parecia certo. Ela ria, estava gorda e grande, e seu corpo se esfregava nos dos outros todo o tempo. Já não aguentava mais a pressão, a paranóia, obsessividade e outros sentimentos parecidos que assolavam meu coração. Em nenhum momento deixei de desejar apenas a minha lasca e nada mais. Mas o que ocorria era que até pegar a minha lasca, iria ajudar a coordenar a pedra toda. Se eu estava lá afinal, iria tentar cuidar do grupo. E era óbvio que um grupo coordenado por mim não teria muito sucesso, reconheço minhas falhas, e não sou um líder muito adequado. Estava em tal posição por falta de opção apenas. Os outros seriam extremamente mais descuidados e nada de bom poderia acontecer. Num outro hotel, não tão apertado mas de luxo inferior todos pareciam estar leves, enquanto eu parecia estar carregando uma montanha nas costas. Uma montanha que aumentava de tamanho. A informação vazava muito rápido por aquelas bandas e rapidamente fomos encontrados. Ocasionalmente mandavam alguém para tentar tomar nosso tesouro. Começaram a mandar pessoas mais perigosas. Até mesmo assassinos profissionais. Mas nosso grupo era forte. Tínhamos um negro gigante, espécie de brutamontes que facilmente botava qualquer um pra correr. Tínhamos uma mulher muito sagaz e dotada de muita habilidade. E alguns outros. Nenhum era totalmente confiável em meu ponto de vista, não que eu fosse parâmetro para julgar alguém na ocasião. Porém o tesouro estava em segurança, pois ali jamais alguém aguentaria roubar sozinho aquele pesado fardo. Uma imagem passava pela minha mente com muita intensidade, era como uma escuderia para nossa equipe, era um símbolo simples, um triângulo isósceles com a ponta eminente em formato oval, parecido com uma montanha. Na parte interna e no topo havia uma espécie de olho, mas identificado apenas pela pupila que era como a de um gato, num formato oval pontudo na vertical. Subconscientemente eu sabia o que cada símbolo ali representava para mim. Parecia mais um grito inconsciente de minhas entranhas. Lembro-me que pouco antes de sairmos do hotel, o namorado de uma das mulheres que havia seguido em nosso grupo apareceu, ele a queria de volta, apenas isso. Mas ela não queria mais ele, de forma alguma. O sujeito grudou de uma forma incômoda e eu pessoalmente me senti impulsionado a enxotá-lo. Aquela garota me agradava, apesar de estar lá pelo tesouro, era bonita, e é sempre bom termos algo bonito para olhar. Além do mais eu precisava explodir, e aquele era o saco de carne especialmente enviado para mim. Instiguei a briga e ele entrou, então comecei a espancá-lo, com muito socos. Seu rosto já machucado, porém sua atitude ainda corajosa não me permitiam parar, e eu não queria parar mesmo. Nenhum de meus murros havia sido forte o bastante para liberar minha tensão. A briga se estendeu por alguns minutos e os outros já queriam encerrá-la. Uns pareciam querer espancar o infeliz, outros pareciam apenas querer encerrar aquilo. Mas eu havia tomado posse daquele sujeito. Sua mandíbula haveria de ser destruída por meus punhos. Cada soco que eu dava parecia mais perto de alcançar o que eu buscava. Até que então o negro brutamontes acertou o indivíduo com um prato pelas costas e encerrou a briga. Não alcancei meu objetivo. Saí dali sem ter explodido. Foi como ter feito sexo e não ter alcançado o êxtase do orgasmo. Aquilo me frustrou muito, pois me pareceu que meus braços não eram fortes o suficiente para dar o soco final. Por mais que eu tentasse, minha força era limitada, e o impacto não era a explosão que eu tanto necessitava. Como minha última tentativa de transferir o poder para outra pessoa havia sido inútil, não houve nada mais a fazer do que seguir em frente. Parecia como se ninguém quisesse pegar aquele poder, pois governar aquilo que tínhamos não era presente nenhum. Estava mais para castigo. O tempo todo não quis acreditar que fosse um castigo meu, mas se este fosse, eu iria honrá-lo até que este castigo fosse liquidado completamente. Passou um tempo e encontramos um velho joalheiro que poderia nos ajudar. Ele possuía ferramentas adequadas para lascar a pedra em tamanhos iguais sem danificá-la. Ainda sobre tremenda ou pior influência da desconfiança, foi decidido por mim que todos estariam juntos e presentes para uma partilha final da pedra. Onde cada um carregaria uma parte igual e então o grupo seria desfeito. Isso era tudo o que sempre quis desde o início. Afinal, a parte dividida para cada um do grande diamante era equivalente a uma carteira de bolso cheia de notas, em tamanho, por que em valor era uma bela de uma aposentadoria. Nunca soube claramente, mas meu instinto sempre me disse que nômades carregam sua própria riqueza individualmente, e quanto menor o peso, mais fácil será seguir o caminho.

segunda-feira, 29 de março de 2010

sonhado no Rio de Janeiro (março, 2010)

Sonhei com Walter Salles em um bate-papo público cheio de adolescentes de vários colégios públicos num ginásio meio a céu aberto, parecia outro país, mas todo mundo tinha cara de jovem brasileiro. Daí aparecia uma lagartixa e a meninada dispersava. ele parou um pouco, olhou pra lagartixa que seguiu seu caminho, o pessoal se acalmou e ele continuou o papo, respondendo perguntas e falando de coisas de cinema.

sexta-feira, 26 de março de 2010

sonhado no Rio de Janeiro, 2009

sonhado no Rio de Janeiro (setembro, 2009)



Cheguei na casa dele e ele me disse que precisava sair, que eu poderia entrar e ficar esperando. Mesmo sendo meu sonho, ele fez algo que acho que faria na vida real. Aquele momento era muito importante pra mim. A gente finalmente estava junto. Mas ele precisava sair, e eu precisava esperar. Ele se despediu carinhosamente e foi. Fiquei lá, um pouco sem graça. Conversei com a irmã dele. Esperei um pouco no banco da varanda, entendiada.

Quando ele chegou, já havia escurecido. Eu não estava muito feliz. Disse, com voz manhosa, que ele havia demorado muito. Ele brincou com minha voz manhosa, me abraçou, e me levou pra dentro. O que fizemos foi simplesmente sentar ao sofá, juntos, colados, gostosos, a TV ligada. O telefone tocou, era seu pai, que estava trabalhando como cinegrafista na Amazônia. Achei interessantíssimo. Ele começou a me contar...

Acordei como se tivesse tido o melhor sono da tarde. Por alguns segundos, parecia real demais, antes fosse.

Duas semanas depois, ele de novo. Parecíamos estar em um navio. Nos encontramos e saímos a procura de uma cabine vazia. Não conseguíamos achar nenhuma. Saímos. Já em terra firme, encontro membros da minha família, dentro de um carro. Eu e ele estamos de mãos dadas. Aviso que vou para o chalé, e insistem para que outra pessoa entrasse lá com a gente. Não, queríamos ficar sós, ora. Eles continuam a insistir. Me irritei. Fui para frente do carro e bati na lataria, com força, com as minhas duas mãos, enquanto gritava que, depois de muito tempo e pela primeira vez, iria fazer o que eu queria. Como iria ser feliz, como iria encontrar alguém, se não me libertassem?

sonhado em São Paulo (entre 11 e 12 de fevereiro, 2010)



Antes da tempestade de areia


sonhei que estava com minha tia Raquel,
sentadas em uma grande pedra de frente para o mar.
ela fazia um crochê e pretendia com ele pescar,
mas quando viu algumas pessoas nadando e rindo,
não queria fazer mais aquilo.
nem ao crochê, nem aos peixes.

quinta-feira, 25 de março de 2010

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

sonhado no Rio de Janeiro (janeiro, 2010)

Sonhei que estava numa floresta de livros, cada árvore era feita de uma torre de livros. Eu e meus amigos tínhamos que andar de cipó. nós andávamos voando de cipó em cipó mas o grande perigo era quando um livro se identificava com a pessoa pois o cipó e o livro se soltavam da árvore. Mas meu amigo daniel era meio mogli e sabia onde estavam os livros conhecidos e me avisava "Cuidado. Por aqui tem um livro que vai se soltar porque tem a ver com você". Caso você pegasse um livro-cipó tinha que segurá-lo para não cair no mini-pântano e logo pegar um outro cipó-livro para seguir voando.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

sonhado em Aix-en-Provence - França, 2008

Era festa de ano novo e nós estavamos num prédio bem alto, num apartamento grande e ventilado, varios amigos, havia muita luz e a festa que acontecia lá embaixo na orla, estávamos em frente ao mar. eu ainda ia me arrumar pra festa e fui tomar banho, era uma banheira daquelas antigas, e o ambiente estava tomado de vapor. de repente ouço baterem na janela do banheiro, abro a janela embaçada e vejo um ser de cor azul, ele tinha o formato humano, mas era todo azul e nu, sendo que eu não via o sexo, mas sabia que era feminino.
ela me disse que eu deveria acender uma vela para um planeta tal, que não consegui entender o nome, então pedi pra ela repetir mas eu não conseguia ouvir. eu sabia que ela precisava me dizer algo a se resolver ali naquele apartamento, mas nao conseguia bem entender suas palavras. então ela disse que estava com muito calor, e que precisava tomar banho, e saiu correndo pela rua pra uma fonte que havia logo na esquina. ela abriu a fonte e ficou se molhando como um animal.